A adesão dos trabalhadores à greve do Metropolitano de Lisboa era às 08:00 “elevada”, encontrando-se as portas das estações encerradas até às 10:00 de hoje, disse hoje à agência Lusa a sindicalista Anabela Carvalheira.
“Estamos a ter uma forte adesão. Obviamente que a esta hora ainda não tenho números, mas posso dizer que nas categorias operacionais, nomeadamente maquinistas e encarregados de movimento, a adesão é de 100%”, disse à agência Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), remetendo para mais tarde dados finais sobre a paralisação.
De acordo com a sindicalista da FECTRANS, a expectativa é que se mantenham os índices de adesão das últimas greves.
“Esta greve é o continuar de uma luta, que acontece por falta de diálogo por parte do conselho administração da empresa e do governo, uma vez que na nossa ótica estão mais interessados no mecanismo para destruir a empresa do que em encontrar soluções para resolver os problemas dos trabalhadores”, salientou.
Por isso, referiu Anabela Carvalheira, os trabalhadores decidiram manifestar-se “contra a falta de qualidade de serviço público e degradação das condições de vida e de trabalho e em defesa da empresa pública”.
As estações do Metropolitano de Lisboa só abrem hoje às 10:00 devido a uma greve parcial dos trabalhadores para contestar as condições de trabalho que decorre entre as 06:30 e as 09:30, disse fonte da empresa.
A abertura das estações e a circulação das composições deve acontecer a partir das 10:00, afirmou a mesma fonte.
A greve foi convocada, de acordo com Anabela Carvalheira, devido “às péssimas condições de trabalho que estão a ser impostas aos trabalhadores, sobretudo na área operacional”.
Após a greve, realizar-se-á uma reunião com todos os sindicatos e com a comissão dos trabalhadores do Metro, na qual será feita uma análise e “decididas novas formas de luta”.
A paralisação, convocada por diversos sindicatos, é a primeira desta semana, já que se realizará outra greve parcial na sexta-feira, “exatamente pelos mesmos motivos”, acrescentou Anabela Carvalheira.
Devido à greve, a Carris vai reforçar o número de autocarros nos trajetos servidos pelas carreiras 726 (Sapadores-Pontinha), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação da Damaia), que coincidem com eixos servidos pelo Metro, acrescentou o Metropolitano, em comunicado.