Vírus respiratórios podem aumentar com o frio, mas gripe está em fase descendente

Data:

A Direção Geral de Saúde reconheceu hoje que as baixas temperaturas previstas para os próximos dias podem levar ao aumento dos vírus respiratórios, mas lembrou que a gripe está em “fase descendente”, recomendando a proteção dos grupos vulneráveis.

“O frio pode ter reflexos importantes na saúde das pessoas, como aumentar a atividade dos vírus respiratórios em circulação, nomeadamente a gripe, mas isso pode não acontecer. A gripe está em fase descendente e pode não haver influência direta das temperaturas nos vírus”, disse, em declarações à agência Lusa, a subdiretora geral da Direção Geral de Saúde (DGS), Graça Freitas

Apesar de considerar que o pico da gripe já passou, Graça Freitas salientou que as pessoas em risco devem sempre vacinar-se até terminar a época gripal, em março, alertando, porém, que “mesmo sem picos, vai continuar a haver gripe”.

A responsável considerou que o frio, por si só, já provoca alterações nos organismos, lembrando a importância da regulação da temperatura corporal, de forma a estar equilibrada, para não levar a situações de agravamento de doenças já existentes, que podem ter como consequência a morte.

“Nestas alturas de maior frio, há que tentar fazer tudo para ajudar o nosso corpo a manter os mecanismos de termorregulação, e podemos fazer isso com as recomendações gerais habituais”, frisou a responsável.

Nas recomendações, Graça Freitas sublinhou a importância do aquecimento das casas, com cuidados redobrados para as lareiras e braseiras, a ingestão de líquidos quentes e refeições quentes com mais frequência, evitando as bebidas alcoólicas que “dão a falsa sensação de aquecimento”.

“Vamos tentar todos fazer alguma coisa para contrariar este frio, que não é anormalmente baixo. Não é nenhuma catástrofe em termos de frio. É mais frio que o esperado, e temos de ter cuidados, mas há que não ter pânico em relação a isso”, frisou.

A responsável ressalvou ainda a importância de se protegerem os grupos mais vulneráveis, como as crianças e os idosos, lembrando que estes últimos muitas vezes “já não conseguem regular a temperatura corporal” e como tal não têm “a sensação de frio”.

“Daí que os cuidados de proximidade serem tão importantes para este grupo de pessoas, com a família, vizinhos ou amigos a providenciarem que tenham conforto térmico e que estejam hidratados, que tomem medicamentos para não descompensar patologias que tenham”, referiu.

Graça Freitas adiantou também que os serviços de saúde estão devidamente climatizados para suportar as temperaturas extremas.

A previsão de tempo frio e seco para os próximos dias levou a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) a lançar também um alerta.

A ANPC recomendou à população especial cuidado com o perigo das intoxicações por inalação de gases, devido a inadequada ventilação, em habitações onde se utilizem aquecimentos com lareiras e braseiras, com o piso escorregadio e acumulação de neve ou gelo.

Também a Direção-Geral da Saúde recomenda na sua página da Internet cuidados com o frio, em especial as crianças, idosos, doentes crónicos (principalmente com problemas respiratórios e cardiovasculares), os sem-abrigo e pessoas cuja habitação tenha mau isolamento térmico.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Share post:

Popular

Nóticias Relacionads
RELACIONADAS

Compal lança nova gama Vital Bom Dia!

Disponível em três sabores: Frutos Vermelhos Aveia e Canela, Frutos Tropicais Chia e Alfarroba e Frutos Amarelos Chia e Curcuma estão disponíveis nos formatos Tetra Pak 1L, Tetra Pak 0,33L e ainda no formato garrafa de vidro 0,20L.

Super Bock lança edição limitada que celebra as relações de amizade mais autênticas

São dez rótulos numa edição limitada da Super Bock no âmbito da campanha “Para amigos amigos, uma cerveja cerveja”

Exportações de vinhos para Angola crescem 20% desde o início do ano

As exportações de vinho para Angola cresceram 20% entre janeiro e abril deste ano, revelou o presidente da ViniPortugal, mostrando-se otimista quanto à recuperação neste mercado, face à melhoria da economia.

Área de arroz recua 5% e produção de batata, cereais, cereja e pêssego cai 10% a 15%

A área de arroz deverá diminuir 5% este ano face ao anterior, enquanto a área de batata e a produtividade dos cereais de outono-inverno, da cereja e do pêssego deverão recuar 10% a 15%, informou o INE.