Mário Monteiro está a criar uma vacina fundamental para crianças com autismo

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É considerado uma das 50 pessoas mais influentes, em termos globais, na área das vacinas. Bioquímico, investigador, professor universitário, Mário Monteiro, 47 anos, nasceu em Lisboa e viveu até aos 14 anos numa aldeia do concelho de Gouveia, tendo depois emigrado com os pais para o Canadá. Naquele ambiente de campo, desenvolveu o que diz ser uma das principais características de um cientista: ser um bom observador. Princípio que aplica nos seus projetos de investigação que já deram origem ao desenvolvimento de três vacinas contra bactérias intestinais. A terceira, que lhe consome quase todo o tempo de trabalho já há três anos, vai revolucionar a qualidade de vida de crianças
com autismo, como explicou nesta entrevista ao «Mundo Português».

A vacina que está a desenvolver contra a bactéria intestinal Clostridium bolteae, associada a crianças com autismo é a primeira elaborada até hoje. Explique de que forma essa vacina vai ajudar essas crianças, no sentido de melhorar a sua qualidade de vida?
É um facto conhecido que muitas dessas crianças sofrem de diarreia e obstipações intestinais e muitas delas têm que usar fraldas. Há uns estudos que relacionam certo tipo de bactéria nos intestinos dessas crianças autistas, que não são encontradas tão concentradas, em crianças que não são autistas. A teoria é que essas bactérias emitem toxinas e metabolitos que entram na via sanguínea da criança. E como em tenra idade – 1, 2, 3 anos – a atividade cerebral ainda não está bem desenvolvida, muitas dessas toxinas aparentemente podem influenciar o desenvolvimento do cérebro.
Como a minha especialidade são as bactérias e o desenvolvimento de vacinas contra a diarreia – e já desenvolvemos duas – pensei porque é que não poderíamos desenvolver uma vacina direcionada a este problema da bactéria em crianças autistas. Primeiro, pode resolver o problema da diarreia, o que por si só, será uma grande melhoria não só para a crianças mas também para os pais e familiares que estão encarregues dessas crianças. E se indiretamente as toxinas não forem produzidas, por não existir a bactéria, talvez os sintomas do autismo não sejam tão graves ou até não os desenvolvam. Porque o autismo tem vários sintomas, não há só uma forma de autismo. Pode ser que também, indiretamente, possamos controlar a intensidade dos sintomas de autismo nestas crianças. Esse é o nosso objetivo: ajudar a melhorar a qualidade de vida da criança e dos familiares.

Então esta vacina, para além de controlar a diarreia poderá atuar diretamente nos sintomas de autismo, reduzindo-os?
Se os sintomas do autismo forem causados pela bactéria, sim, sem dúvida. Se a bactéria não existir para expelir as toxinas e os metabólitos para a via sanguínea da criança, sim, faz sentido.

Como chegou a esta vacina e o que está na sua composição?
A bactéria foi descoberta por grupos de investigadores que estavam a estudar crianças autistas, e nós cultivamos essa bactéria. A minha especialidade e da minha equipa é fazer vacinas em que o principal ingrediente são os carboidratos existentes nessa bactéria. Esses microorganismos, na sua superfície – como um casaco – têm proteínas, mas também têm muitos carboidratos, muitos açucares complexos. E nós todos os dias estudamos esses açúcares complexos.
A nossa vacina é baseada nesses açúcares complexos de cada bactéria, porque cada bactéria tem açucares diferentes. E os anticorpos são criados com base nesses açúcares. Quando a bactéria invadir (o organismo), já temos os anticorpos que reconhecem os açúcares dessa bactéria, matam-na e evitam a infeção.
Já a nossa experiência com as duas outras bactérias (Campylobacter jejuni e Clostridium difficile) foi mais ou menos relacionada com isso. Portanto, esta vacina contra a bactéria do autismo é uma extensão das nossas duas outras vacinas que já estão mais desenvolvidas.

Ou seja, foi buscar à própria bactéria, elementos para criar a vacina que a vai combater?
Exato, tiramos essas moléculas da bactéria. É ir buscar a cura diretamente ao ‘mal’, porque ela tem que ser parte do mal.

Os componentes desta vacina vão torna-la mais cara ou mais barata no mercado?
Essa é uma boa pergunta. As vacinas de outras gerações, contra a rubéola e outras doenças, são microrganismos que são inativados, portanto, essas vacinas são compostas de microrganismos mortos. Esta já requer umas etapas de purificação e análise que serão mais caras do que aquelas que só estão baseadas em organismos inativados. Mas o preço é irrelevante, porque depende do mercado onde a vacina está a ser usada.

Em que etapa de desenvolvimento está esta vacina? Já entrou em fase de ensaios?
Estamos a trabalhar nesta vacina há três anos e está em testes em animais, é a fase de ensaios ‘pre-clinical’, que precede os testes em seres humanos. Mas há muito trabalho pela frente. Qualquer vacina demora em média entre 15 e 20 anos desde o ‘dia um’ do desenvolvimento até chegar ao hospital para ser aplicada nos pacientes. E quanto mais avançada a fase de investigação, mais financiamento é necessário. E percebe que organizar grupos para testar esta vacina em crianças é à partida muito mais difícil do que os organizar quando os voluntários são adultos…

Será uma vacina muito importante, não só por ser dirigida a crianças, mas por essas crianças sofrerem de uma determinada doença. Tem sido fácil conseguir apoio financeiro para continuar a investigação e a criação da vacina?
Tem sido mais difícil do que para as outras vacinas que são direcionadas aos adultos, porque esta é uma área muito sensível. Já em si, o autismo é uma doença sensível e as empresas (farmacêuticas) têm muito cuidado ao entrar nesta área. E quando um cientista propõe uma vacina, ou seja, mais medicamentos, para aplicar nessas crianças, as empresas são um pouco reticentes. Mas têm tido muita atenção.
E o que é de notar é que quando os resultados saíram, recebi centenas de e-mails de todo mundo, de pais que estão tão desesperados com o problema da diarreia das suas crianças autistas, que querem voluntariar os filhos para os testes. Nunca tive um projeto em que o impacto fosse tão forte e tão rápido, mas percebe-se pela energia que se gasta a tratar destas crianças…
Talvez isso seja um fator importante para as empresas avançarem, porque quanto for a altura, não vai haver falta de voluntários. Se esta vacina for bem sucedida nos animais, talvez o facto dos pais estarem tão disponíveis a colaborar seja um incentivo para as farmacêuticas.

Quais foram os resultados desses ensaios em animais?
Tínhamos que ver primeiro se a nossa molécula cria anticorpos, porque para ser uma vacina bem sucedida tem que criar anticorpos. Esse é o primeiro teste. E os testes em coelhos feitos com esta vacina, mostraram que os anticorpos foram muito bem sucedidos, são bem específicos contra esse tipo de bactéria. Porque os anticorpos têm que ser direcionados à molécula da bactéria, não podem ser direcionados a moléculas do corpo da pessoa.

Tem uma equipa a trabalhar consigo no desenvolvimento dessa vacina. São seus alunos na Universidade de Guelph?
Sim. Cinquenta por cento do meu tempo é passado a fazer investigação e os outros 50 por centro a dar aulas. Por isso, tenho vários estudantes de mestrado e doutoramento, tanto do Canadá como de outros países. Já tive na minha equipa estudantes de doutoramento de Portugal e do Brasil. A equipa varia conforme o financiamento, pode ter 10 a 15 estudantes. Eu supervisiono-os e trabalho com eles no laboratório.

Qual será o próximo passo desta vacina?
Eu faço parte de um grupo de cientistas canadianos que recebe do governo do Canadá um financiamento considerável e esta investigação integra o mega projeto ao qual é destinado esse financiamento. Nesta fase estamos não só a extrair a molécula da bactéria, mas também a fazê-la em laboratório, o que nos dá maior controle sobre a produção e a quantidade que podemos criar.

Enfim, será muito tempo da sua vida, dedicado apenas a este medicamento…
É uma vida. A outra vacina que estamos a desenvolver, contra outro tipo de diarreia, esta agora na fase 1 de testes em serem humanos e demorou uma década a chegar aos ensaios em humanos. Foi uma década de pesquisas mas também de financiamento do governo dos Estados Unidos que quer uma vacina contra essa bactéria porque ela afeta muito diretamente os soldados americanos.

Essa vacina contra a Campylobacter jejuni – pretende proteger os adultos contra uma das principais bactérias transmitidas por alimentos…
Exato. Quando viajamos para alguns, países às vezes apanhamos diarreia. E como deve imaginar, os soldados apanham essa infeção, principalmente quando saem em missão para outros países. Então a Marinha dos Estados Unidos, na última década, tem-nos financiado muito bem para o desenvolvimento da vacina contra esta bactéria. Raramente um cientista desenvolve qualquer coisa que chegue aos testes em seres humanos, porque é preciso paciência, mas também um bom financiamento. Esta foi muito bem sucedida em macacos e está agora em fase de testes em seres humanos, que é uma fase muito avançada. Esta vacina, que foi a primeira que desenvolvi, está a ser testada pelas forças armadas dos Estados Unidos.

Na fase de testes dessa vacina, o Mário Monteiro ainda tem algum controle sobre a investigação?
Neste caso, como não é uma empresa (farmacêutica) privada que está responsável pelos testes, eu ainda consigo ter algum controle sobre a vacina neste momento. Mas quando companhias privadas entram no ‘jogo’, os cientistas deixam de ter o controlo, e às vezes até o perdemos por completo, porque as empresas guardam muito bem os segredos e só avançam com a vacina quando bem entendem. Esta contra a Campylobacter jejuni tem sido tão rápida a entrar em seres humanos também devido ao meu envolvimento.
Mas dou-lhe outro caso. A terceira vacina que desenvolvi também é da família gastrointestinal. Sabe que nos hospitais existem bactérias, chamadas ‘super-bactérias’. Eu descobri as moléculas de uma dessas bactérias – que é muito conhecida e se chama Clostridium difficile – e foi isso que usei no desenvolvimento da vacina. Essa bactéria é apanhada nos hospitais, destrói os intestinos e a mortalidade é muito elevada. No caso desta investigação, uma companhia farmacêutica comprou esta nossa vacina e eu perdi o controlo do seu desenvolvimento.

Como se sente, enquanto criador de uma vacina, vê-la sair das suas ‘mãos’ e perder o contato sobre o desenvolvimento pelo qual está a passar?
As universidades são muito limitadas. Por exemplo, não podemos fazer testes em humanos. Por isso é sempre positivo ver uma empresa, que tem a capacidade de a financiar e realizar os testes em seres humanos, vir ‘buscar’ a minha vacina. Porque tal faz parte também do atual sistema de desenvolvimento das tecnologias. Os governos gostam que as novas tecnologias desenvolvidas nas universidades sigam para privados, para dar lucro. É uma coisa boa, porque ao fim do dia, quem paga todos estes estudos são os contribuintes e o dinheiro tem que ser bem usado. E concordo que os governos tenham algum controle sobre os projetos que suportam financeiramente.
Custa um pouco é quando a farmacêutica não avança com a investigação como poderia, mas a verdade é que o lançamento de uma vacina ou de outro medicamento, depende de muitos fatores. Às vezes pode não haver lucro suficiente na altura e a vacina então fica um pouco guardada.

Estará por bastante tempo a desenvolver a vacina contra a bactéria intestinal associada a crianças com autismo. Mas para lá desse projeto, está a desenvolver outros?
Esta investigação da vacina em crianças autistas tem estado a gastar quase todo o nosso tempo e energia. Tem criado muito interesse, como deve imaginar. Ideias há muitas, por exemplo, no combate ao cancro, mas tudo depende do financiamento: se não há financiamento, não há estudantes a tirar o mestrado ou o doutoramento; se não há estudantes, não há resultados e as pesquisas são lentas.
Neste momento estou a voltar-me para a investigação de vacinas para animais, especialmente vacas, galinhas e porcos. Porque os testes nesses animais podem ser concluídos mais rapidamente. Também estamos a estudar a hipótese de usar essas moléculas das bactérias que isolo e estudo, para ajudar na criação destes animais e esse talvez seja um dos próximos passos. Porque há imensas empresas de criação de galinhas, com milhares de animais, e os problemas são muitos, inclusive relacionados com essas bactérias. E há grandes produções de ovinos e suínos que também são atingidos pelo mesmo problema.
Mas a minha área de investigação favorita ainda é a de vacinas para os seres humanos.

Falemos de si. Quando saiu de Portugal? Foi para o Canadá para desenvolver o seu trabalho de investigação?
Não, saí de Portugal com 14 anos, em 1981, com os meus pais. Como aconteceu com muitos portugueses naquela altura e acontece ainda hoje. A emigração é uma coisa normal, eu emigrei uma segunda vez quando fui para os Estados Unidos, e depois voltei (ao Canadá). O meu pai é de Gouveia, a minha mãe é de Trás-os-Montes. Nasci em Lisboa mas fui com dois anos para uma aldeia do concelho de Gouveia e cresci ali. Costumo dizer que para ser um bom cientista é preciso ser um bom observador e eu sou produto desse ambiente de interior. Não havia muita televisão e eu observava muito a natureza, acho que desenvolvi esta capacidade de ser observador por viver naquele ambiente. Se tivesse crescido em Lisboa, teria tantas outras coisas a absorver a atenção que talvez não tivesse desenvolvido tanto esse sentido. O meu crescimento naquele local foi importante em quem sou hoje.

Como surgiu depois o interesse pela investigação?
Em Portugal, tive muito boa formação escolar. Quando fui para a primeira classe tive a vantagem de já saber ler, porque o meu pai colocou-me em aulas particulares antes de entrar na escola, mas acho que o meu sucesso de hoje tem muito a ver com a minha formação de base que tive em Portugal. E agora que tenho filho pequenos, percebo que os primeiros anos de escola, de pré-primária à quarta classe, são fundamentais para a educação académica.
Vim para o Canadá com uma idade muito complexa. Eu não sabia falar bem o inglês, tinha apenas os conhecimentos da língua adquiridos na escola em Portugal e que não têm nada a ver quando se sai da porta do aeroporto. Um emigrante demora três, quatro anos a adaptar-se ao país e esses anos foram muito turbulentos na escola secundária em Toronto. Mas tive sempre confiança e tive uma boa formação e isso ajudou-me muito depois, a ter sucesso na universidade.
A opção pela investigação, foi feita durante a licenciatura. Sou Bioquímico, mas mais ligado à área da química e dos carboidratos. Como ganhei um prémio no Ontário, de um projeto que elaborei, isso deu-me muita coragem. E depois as portas também se abriram, os professores ofereceram-me um laboratório para fazer o doutoramento.
Mas é preciso muita dedicação para o sucesso escolar. Nesta área é preciso dedicação e persistência, porque está à frente até da área médica. Às vezes falo em congressos onde nem os médicos percebem muito bem do que estou a falar. Uma pessoa sente que está isolada à frente de uma área. Costumo comparar os cientistas aos descobridores portugueses, porque não sabiam muito bem para onde iam, mas seguiam e para os que vinham depois, era tudo mais fácil.

Mas tem que traçar uma meta e saber o que quer…
Um investigador tem que se concentrar bem, porque ao fim do dia, as farmacêuticas e os governos querem resultados palpáveis. É mais fácil ser só um cientista, olhar para a lua como era noutros tempos. Mas eu gosto de ter resultados palpáveis ao fim de dois a três anos para poder adquirir mais financiamento para a minha investigação. Porque é importante provarmos que sabemos o que estamos a fazer. E tento ensinar isso aos meus alunos: que a ciência é para o uso da população. Claro que é bom descobrir certas coisas, mas também sou muito aplicado no sentido de usar as descobertas para coisas úteis.

No fundo, a investigação não pode ficar confinada ao laboratório…
Não, porque mais cedo ou mais tarde, o financiamento desaparece, as ideias desaparecem e ninguém usufrui dessa investigação.

Em 2014, foi considerado pela organização britânica vaccinenation.org em colaboração com a World Vaccine Congress, como uma das 50 pessoas mais influentes em todo o mundo, na área das vacinas. Que significado teve para si esta nomeação?
Foi muito bom para o nosso grupo e também para a universidade, porque por acaso, fui o único do Canadá e também o único português nessa lista, da qual fazem parte poucos cientistas. Por exemplo, o primeiro nome de lista é o Bill Gates (fundador da Microsoft) e entre outros nomes está o primeiro ministro da Índia (Narendra Modi). Então, foi muito importante, porque os cientistas são como quaisquer outras pessoas, gostam que o seu trabalho seja reconhecido.
Estas nomeações são como ‘deitar gasolina para o fogo’, dão-nos mais força para continuar. É bom até para os estudantes que estavam envolvidos na elaboração destas vacinas.
E também veio mostrar que o nosso trabalho tem um impacto global e que há pessoas que estão a par do que fazemos. Porque geralmente nós estamos no nosso laboratório, publicamos os nossos artigos e geralmente os nossos amigos é que os leem e não temos a mínima ideia do impacto na população em geral. Distinções dessas são muito importantes para dar mais força e, sem dúvida, são satisfatórias.

Que conselho daria aos pais e a um jovem estudante que esteja a optar pela Ciência como via do ensino, ou a pensar tornar-se investigador?
Depende da idade do estudante. Como lhe disse, é nos primeiros anos de vida de uma criança que se devem concentrar os país e entidades do governo ligadas à educação. O investimento na educação requer dinheiro, mas requer também muito tempo do pai e da mãe. Sei o que digo, porque sou um resultado desse empenho. Só se o estudante foi muito especial é que pode sozinho ir muito longe, mas o envolvimento dos pais numa escola, num colégio, numa universidade é importante. O que vão fazer na universidade? Para quê o estudante vai para aquele curso? Estas perguntas têm que ser feitas. Não é apenas ir para uma determinada instituição de ensino, porque todos vão. O estudante tem que perguntar a si próprio, se está a usar bem, para o seu futuro, o tempo que passa na universidade.
No ramo da Ciência, é preciso uma forte base nos primeiros anos. E essa opção nem sempre é planeada, vai dos resultados, do interesse e do trabalho que vai sendo desenvolvido (na escola). No que diz respeito a Portugal, penso que a nível universitário, a melhor oportunidade ainda é, e se for possível, os estudantes irem para o estrangeiro ganhar experiência para depois voltarem a Portugal. Tenho aqui às vezes estudantes que vêm de Portugal e quando voltam para o país, são pessoas diferentes. Noto a transformação operada no seu trabalho e na sua forma de pensar, isso é importante. E sair do país não é uma coisa má, uma pessoa aprende outras coisas, outras culturas, outras formas de trabalhar. Porque se uma pessoa está sempre num ambiente com as mesmas normas, não pensa de outra maneira. Nesta área universitária, acho que sair do país é uma coisa muito boa para os estudantes.

Costuma vir a Portugal?
Não tanto quanto gostaria, porque não tenho tempo. Mas costumo participar em congressos em Portugal. Haverá um congresso ibérico em setembro deste ano, em Viseu, ligado aos carboidratos e faço parte do comité científico desse congresso. Mas sempre que posso vou a Portugal.

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