Com apenas 20 anos, Victor Ferreira da Silva, conhecido no mundo da música como VC “The Tuga”, começa a brilhar com um Hip Hop despretensioso e versátil. Filho de pais portugueses, nasceu em Friburgo, no sul da Alemanha, e foi com apenas oito anos que se apaixonou pelo Hip Hop português influenciado por artistas como o Boss AC, Sam The Kid, Da Weasel ou os Mind Da Gap. Depois de ter passado por vários palcos na Alemanha, França e Suíça, atualmente está a trabalhar no seu primeiro álbum. Dia 31 de janeiro, pelas 17 horas, promete um grande concerto em Wiesbaden com muita alegria e animação. (Schönbergstraße 74, 65199 Wiesbaden).
Victor Ferreira da Silva, conhecido no mundo da música como VC “The Tuga”, nasceu em Friburgo, no sul da Alemanha, mas tem Portugal no coração. Com apenas 20 anos, é apontado por muitos como a nova sensação da música latina na Europa e está em estúdio a gravar o seu primeiro álbum. “Hoje em dia estou a trabalhar no meu primeiro álbum num estúdio com grandes profissionais que até trabalharam com a banda Reamonn, que já ganhou discos de ouro e de platina e, entre outros, até chegou a posicionar-se no Top de Portugal” começa por dizer VC “The Tuga” em entrevista ao Mundo Português.
Dia 31, VC “The Tuga” apresenta-se em Wiesbaden, num concerto de solidariedade com o clube português 8 de Dezembro, apresentado pela Associação Marias Corações de Portugal que mais uma vez apoia os novos artistas portugueses e luso-descendentes na Alemanha.
Para este concerto promete muita alegria e animação. “Gosto de brincar com o público e acho que isso torna a coisa mais interessante. Trago temas meus e temas conhecidos do público, há um pouco de tudo para toda a gente. Vem comigo o meu DJ nicaraguense, o DJ Samuel, que ele mesmo também põe música de todo o tipo. Para além disso ele apoia-me durante do meu show e torna-o mais empolgante ainda” afirma.
Tudo começou com apenas oito anos quando se apaixonou pelo Hip Hop. “Com apenas oito anos comecei a fascinar-me pelo Hip Hop Tuga, por isso eu mesmo quis experimentar escrever letras de rap” recorda o luso-descendente.
“Algumas das minhas influências nesse tempo foram o Boss AC, o Sam The Kid, os Da Weasel e os Mind Da Gap. Depois, em 2005/2006, o Reggaeton chegou em força à Europa com artistas como Wisin & Yandel, Don Omar ou Daddy Yankee. Foi também nesse tempo que eu comecei a fazer os instrumentais para os meus próprios temas. Nessa altura tinha à volta de doze anos. Depois disso seguiram-se muitos anos em que eu tentei aprimorar a qualidade das minhas canções até que há 3 anos comecei a apresentar-me em vários palcos na zona central da Europa. Apresentei-me aqui na Alemanha, na França e na Suiça” acrescenta, lembrando como marcante o concerto em Colónia onde fez a primeira-parte do consagrado Farruko, tendo sido elogiado por todos os presentes, incluindo o artista porto-riquenho.
VC “The Tuga” já conta com muitos fãs que acompanham o seu trabalho e que admiram a versatilidade da sua música (www.facebook.com/vcthetugamusic). “Posso cantar Reggaeton em espanhol, Kizomba em português, Hip Hop em inglês e muito mais. Falo português, espanhol, inglês, alemão, um pouco de francês e fiz um curso de dois anos de japonês. Espero que com isso consiga chegar aos ouvidos de gente espalhada por todo o mundo e que a minha música os possa alegrar porque a minha música é sobretudo isso: alegre” refere.
Com uma grande maturidade no seu discurso, sabe que no mundo da música a concorrência é muito acentuada e por vezes injusta com o talento de alguns artistas, pelo que admite ser bastante realista. “O mundo da música é complicado, mas se pudesse continuar a fazer música como tenho vindo a fazer e chegar a ainda mais ouvintes e fãs, isso seria excelente”.
“As expectativas são cada vez maiores com a hipótese de me apresentar no carnaval do Brasil ou ir à televisão portuguesa, mas não me iludo nem me conformo. Sei que tenho de trabalhar para seguir este caminho e sei que com esse trabalho poderei ainda chegar a patamares mais altos. Se algum dia pudesse ir ao Festival de Viña del Mar no Chile, que é um festival muito grande de música latina e internacional, isso seria perfeito” confidencia ao Mundo Português.
Influenciado por grandes artistas como o já referidos Boss AC ou Don Omar, VC “The Tuga” está em contato com vários estilos de música, algo que considera ser enriquecedor para o seu trabalho.
“Tenho influências de todo o mundo e de muitos gêneros musicais diferentes. O mais bizarro quiçá para quem não me conhece é o Rock japonês. Bandas como os abingdon boys school foram muito importantes para mim” conta. “Para além disso gosto muito do Justin Timberlake, da Ellie Goulding ou do falecido Michael Jackson, que são grandes artistas da música pop internacional. Olhando para o produto final creio que muita gente não consegue identificar essas influências na minha música, mas isso é porque às vezes trata-se de um estilo completamente diferente, às vezes é apenas um som ou uma palavra, mas a influência está lá” diz.
Portugal está no coração de VC “The Tuga” que reconhece ser também influenciado pela sua música, campo onde também há muito talento lusitano. “O rock português também me inspira de várias maneiras. Gosto muito de João Pedro Pais ou de Rui Veloso e até fadistas como a Carminho ou a Mariza dão-me ideias para os meus temas.”
VC “The Tuga” afirma-se lusitano com muito orgulho, referindo que Portugal “é o que eu sou e o que eu penso. A língua de Camões foi a primeira que aprendi, o alemão só veio no infantário. Desde aí até hoje eu penso em português, leio em português e faço contas em português. O meu computador está programado em português e assim também está o meu telemóvel”. “Sou lusitano com muito orgulho, desde pequeno ir a Portugal é o ponto alto do ano, estou sempre ansioso que esse dia chegue. É um país lindo com um povo fantástico” acrescenta.
“É um país com grandes desportistas como o ciclista Rui Costa ou o futebolista Cristiano Ronaldo, é um país de poetas como o Camões ou Pessoa, mas é sobretudo um país de pessoas trabalhadoras que lutam pelos seus objetivos. Nem todas as palavras de todos os idiomas do mundo são suficientes para descrever Portugal” termina com visível orgulho.