«Almada Negreiros: O que Nunca Ninguém Soube que Houve», expõe mostra cerca de 70 trabalhos de Almada Negreiros (1893-1970), na sua maioria inéditos, entre pinturas, desenhos e esboços. Para ver no Museu da Eletricidade, em Lisboa.
«Almada Negreiros: O que Nunca Ninguém Soube que Houve» é o título da exposição que está patente até final de março e reúne trabalhos recolhidos pela família do artista ou por coleções privadas.
De acordo com a Fundação EDP, o nome da exposição remete para o título de um livro de artista criado entre 1921 e 1922 – «O Pierrot que Nunca Ninguém Soube que Houve. História Trágica Ilustrada com Sol e Palmeiras».
O livro é uma das obras que integram esta exposição, que tem curadoria de Sara Afonso Ferreira. Livros de artista, ensaios caligráficos e de paginação, tipografia, manuscritos, desenhos de ilustração e pinturas, são outros trabalhos patentes numa mostra que dá uma atenção especial à revelação de um vasto conjunto de inéditos, artísticos e bibliográficos.
“Companheiro e cúmplice de Fernando Pessoa e Amadeo de Souza Cardoso, no desencadear da Modernidade artística e literária, na década de 1910, figura polémica, mítica e (auto-)mitificada, mostram-se aqui as experiências artísticas e especulativas de Almada em torno do desenho, da poesia e do número”, aponta Sara Afonso Ferreira num texto sobre a exposição.
A historiadora especializada em Almada Negreiros, nomeadamente nas relações texto-imagem na obra deste artista, dividiu a exposição em cinco momentos-chave que seguem uma ordem cronológica.
Figura destacada da vanguarda da arte portuguesa do século XX, Almada Negreiros explorou vários níveis de expressão artística, das artes plásticas, à poesia e ao ensaio, ao romance e à dramaturgia, aos quais também juntou textos de intervenção e de humor, além do bailado e da crítica de arte.
Realizou, em 1913, os seus primeiros óleos, para a Alfaiataria Cunha, e organizou, nesse ano, a sua primeira exposição individual, na Escola Internacional de Lisboa. A participação, em 1969, no programa ‘Zip-Zip’ da RTP deu-lhe uma grande popularidade. Morreu em 1970, no hospital St. Louis, no Bairro Alto, no mesmo quarto onde morrera Fernando Pessoa.
«Almada Negreiros: O que Nunca Ninguém Soube que Houve»
Museu da Eletricidade – Sala do Cinzeiro
Av. Brasília, Central Tejo, Lisboa
Até 29 de março
Terça a domingo, das 10h às 18h
Exposição em Lisboa revela obras inéditas de Almada Negreiros
Data: