Suíça/Referendo: “Mão-de-obra portuguesa é necessária”

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“A mão-de-obra portuguesa é necessária, a não ser que haja uma mudança de conjuntura, e só poderia ser marginalmente substituída. O voto suíço não deve ser interpretado como dirigido contra a imigração portuguesa”, declarou recentemente Étienne Piguet, vice-presidente da Comissão federal dos estrangeiros.
O governante afirma que a mão-de-obra lusa é necessária para a Suíça, país onde no início de fevereiro, num referendo, a população pronunciou-se favorável à limitação da entrada de imigrantes. A implantação da medida está prevista para 2017.
Sobre essa questão, Etienne Piguet afirmou à Lusa que as regiões suíças a favor da limitação da imigração não possuem uma grande comunidade portuguesa. Interrogado sobre o impacto do referendo na comunidade portuguesa com residência permanente, o governante disse que não serão afetados. Mas acrescentou que estes portugueses teriam a ganhar se fossem naturalizados, face a receios de serem despedidos, e poderiam ir para Portugal algum tempo sem perder o direito de voltar para Suíça.

Relação de “diálogo permanente” – José Cesário
Sobre a tomada de posição da União Europeia sobre o resultado do referendo – a Suíça assinou com a UE acordos bilaterais sobre circulação e trabalhadores – o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas defende que a relação da Europa com a Suíça tem que ser “de diálogo permanente”, não havendo rezão para “qualquer espécie de confronto”.
Em declarações ao «Mundo Português», proferidas à margem do SISAB PORTUGAL, José Cesário disse ser preciso discutir “muito atentamente e muito proximamente” todos os pormenores da relação da Suíça com a UE.
“Isto é válido para todos os países europeus, é válido para Portugal e é assim que Portugal se posicionará, não há outra forma”, sublinhou o governante.
José Cesário lembrou que aquele é um “país amigo”, onde reside há muitos anos uma considerável comunidade portuguesa, mas é também uma nação com a qual Portugal tem “imensas relações políticas, económicas e culturais”. “Portanto, não há razão nenhuma para haver qualquer tipo de afastamento”, sentenciou.
Quanto à ‘resposta’ de Portugal em relação ao referendo à limitação de entradas de imigrantes europeus que prevê o endurecimento da política de imigração, o governante revelou que já estão a ser feitas “diligências” e disse que irá estabelecer mais contatos com a comunidade lusa “em vários pontos da Suíça”.
“A nível multilateral, acompanhando a União Europeia, e a nível bilateral, no contato direto com os suíços, iremos esclarecendo aquilo que nos pode pontualmente separar, na certeza de que a Suíça é a grande beneficiada pela presença de cerca de 260 mil portugueses”, informou José Cesário, que já esteve esta semana na Suíça.
O titular da pasta das Comunidades Portuguesas deslocou-se a Berna e Genebra tendo na agenda uma reunião na Chancelaria da Embaixada de Portugal em Berna, com o Embaixador de Portugal, o Cônsul Geral em Zurique e elementos da Comunidade Portuguesa, entre os quais dirigentes associativos, membros do Conselho das Comunidades Portuguesas e empresários. Do programa da visita em Genebra constavam reuniões com o Cônsul Geral de Portugal, com funcionários consulares e com membros da comunidade portuguesa local.
A.G.P.
Com Lusa

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