Durante três dias, o Pavilhão Atlântico é o centro do mundo para os produtos agro-alimentares portugueses. Cerca de 500 empresas produtoras nacionais e mais de 1600 importadores vindos de 110 país reunem-se em Lisboa, de 17 a 19 de fevereiro, para negociar e internacionalizar os produtos e as marcas portuguesas de excelência.
O SISAB PORTUGAL, a maior plataforma internacional de negócios para a exportação dos setores agro-alimentar e bebidas de Portugal, regressou para a 19ª edição de um certame único. “O SISAB PORTUGAL é hoje a maior plataforma mundial de marcas e produtos de um só país, no caso concreto, de Portugal”, assegurou o seu organizador, Carlos Morais. Uma importância que foi corroborada pelo Primeiro-Ministro. Pedro Passos Coelho afirmou, durante a visita ao certame, que o “SISAB PORTUGAL tem ajudado muito à internacionalização das empresas portuguesas do setor agro-alimentar”.
A 19ª Edição do SISAB PORTUGAL, apresenta-se como a mais participada de sempre, ultrapassando os números. Em 2014 cresceu 20 por cento em espaço de exposição e igual número em marcas e produtos portugueses e 30 por cento em compradores internacionais e países presentes.
O fundador do SISAB PORTUGAL presidiu à sessão de abertura e deu as boas-vindas aos participantes do certame, tendo destacado a presença 1600 empresários vindo de 110 países “expressamente para comprar produtos portugueses”. Carlos Morais recordou que este é um projeto visionário cuja ideia surgiu há mais de 25 anos e se concretizou em 1995, quando foi realizada a primeira edição. “Quem tem estado connosco ao longo dos anos, apercebe-se ano após ano do seu grande crescimento”, afirmou o empresário, sublinhando que o SISAB PORTUGAL antecipou, “há quase 20 anos atrás”, a “enorme importância das exportações” para a economia portuguesa. “Criamos uma fórmula de sucesso que se centra no facto de neste certame, por um lado, só poderem participar produtores e empresas portuguesas, e que estejam a apostar na exportação, e por outro, importadores estrangeiros de todo o mundo interessados exclusivamente em comprar produtos e marcas do sector agro-alimentar português”, recordou Carlos Morais.
Sem deixar de enaltecer a “qualidade dos negócios feitos num ambiente cem por cento profissional”, o fundador do SISAB PORTUGAL assumiu que a dificuldade reside em manter o projeto com estas características que o distinguem, “numa sociedade que está em permanente mudança”.
500 empresas portuguesas
Carlos Morais destacou a presença no certame, das “500 mais importantes empresas dos setores agro-alimentar e de bebidas”, que num ambiente “de negócios, degustações, provas e seminários”, oferecem ainda os importadores a possibilidade de assistir ao lançamento de novos produtos. Motivos pelos quais o empresário não tem dúvidas em assumir que os negócios para a exportação, no sector agro-alimentar, “têm neste certame a sua verdadeira dimensão”. “O SISAB PORTUGAL é hoje a maior plataforma mundial de marcas e produtos de um só país, no caso concreto, felizmente, de Portugal”, assegurou. A concluir a sessão de abertura, o organizador do evento parabenizou todos os presentes “por terem escolhido este setor de negócio” e desejou “bons negócios”, lembrando que em 2015, o SISAB PORTUGAL completa 20 anos “ao serviço das exportações portuguesas”.
Apoio à exportação
O primeiro dia do certame contou com a presença do Primeiro-Ministro português. Pedro Passos Coelho visitou todo o espaço do evento, falou pacientemente com os produtores presentes e elogiou a sua capacidade empreendedora e o dinamismo na exportação, mesmo em momentos de crise. Pedro Passos Coelho enalteceu o mérito do certame, afirmando que “o SISAB PORTUGAL tem ajudado bastante à internacionalização das empresas portuguesas do setor agro-alimentar”.
Passos Coelho, que já esteve no certame em edições anteriores, congratulou-se por ver todos os anos, “novos clientes de vários mercados importantes para as exportações portuguesas”. É o momento adequado para dizer que este tipo de iniciativa, que é totalmente privada, não fica à espera do contributo das instituições públicas para promover os produtos portugueses”, elogiou. O Primeiro-Ministro aproveitou a visita para destacar o bom comportamento que as exportações portuguesas registaram no último ano, algo que na sua opinião, deve incentivar a todos para ” manter este grau crescente de abertura da nossa economia ao exterior”. Passos Coelho, que no contato com muitos dos expositores, referiu que a economia portuguesa está “finalmente a recuperar”, disse ainda esperar “contar com o contributo positivo do lado da procura interna”, já durante o ano de 2014. “Signifique isso aumento do investimento privado, ou aumento do consumo privado, não nos pode fazer desviar do objetivo de, até 2015, conseguir 45 por cento do peso das exportações no Produto (PIB) e de 52 por cento até 2020. Trata-se de um objetivo fundamental para Portugal”, alertou.
O governante sublinhou ainda que se o país quer ter uma economia mais competitiva, tem que ter um mercado mais aberto e exportador. “Isso significa, para todos aqueles que durante os últimos anos tiveram que se voltar mais para o exterior, em razão do fraco mercado interno, não podem agora, que esse mercado está a recuperar, perder o caminho dessas exportações”, alertou.
Uma “fantástica aliança”
Também no primeiro dia, o certame recebeu a visita do líder do maior partido da oposição. Naquele que foi o seu terceiro ano consecutivo de visitas a este certame, o secretário-geral do Partido Socialista disse ser seu “dever marcar presença, para realçar a importância desta aliança fantástica entre os empresários portugueses vocacionados para a exportação e os potenciais comprados de outros países”. Convidado a petiscar e a provar as delícias e os aromas dos produtos do sector alimentar e de bebidas, António José Seguro fez questão de dizer que “tudo o que é nacional é bom”. Realçando a “importância que esta feira tem para todos nós”, enquanto evento específico para a exportação de produtos portugueses, o líder do PS salientou o relevo deste “encontro anual para promover os produtos de excelência do nosso país, aumentar as nossas exportações e através disso criar riqueza e postos de trabalho”.
Numa altura em que muito se tem falado dos números do PIB, do défice e das exportações, António José Seguro deixou uma palavra de apreço para os empresários portugueses, em particular para aqueles que orientam “uma vertente importante da sua produção para a exportação”, o que significa que “continuam a empreender para valorizar” os produtos portugueses, “o melhor que nós temos, acrescentando-lhes valor e contribuindo para o crescimento da nossa economia com o aumento das exportações”.
Por conhecer não só muitos dos produtores presentes, mas também a marca SISAB PORTUGAL e os seus organizadores, o líder do PS felicitou Carlos Morais pelo ” excelente trabalho que o SISAB vem fazendo pela promoção da marca Portugal e pelas exportações portuguesas”.