A maestrina Joana Carneiro estreou-se como titular da Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP), dirigindo um concerto onde se escutou a nova versão de “Before Spring – a tribute to the Rite”, de Luís Tinoco.
Esta versão para orquestra sinfónica da obra de Luís Tinoco, foi uma encomenda do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), onde se realizou o concerto, e no qual participaram também os cantores solistas Ana Serro, Ana Franco, Natália Brito, Bruno Almeida, João Sebastião e Nuno Dias, o coro do TNSC e o pianista Artur Pizarro.
O programa do concerto foi ainda constituído pela “Fantasia Coral”, opus 80, de Ludwig van Beethoven, e pela Sinfonia n.º 6, opus 68, “Pastoral”, também do chamado “mestre de Bona”.
A versão original de “Before Spring – a tribute to the Rite”, de Luís Tinoco, foi encomendada pela OrchestrUtopica, em 2009, tendo sido estreada por esta orquestra em maio de 2010, no Centro Cultural de Belém, antecedendo a apresentação de uma nova coreografia de Olga Roriz para “A Sagração da Primavera”, de Igor Stravinsky.
“A peça autonomizou-se e voltou a ser tocada e, há tempos, a maestrina Joana Carneiro desafiou-me a ampliá-la para uma versão sinfónica”, disse à Lusa Luís Tinoco, ainda antes da estreia da maestrina.
“Trata-se da mesma peça, mas está expandida em termos de instrumentação, e acrescentei alguns compassos, mas não é [uma alteração] importante, nem estrutural”, explicou.
Referindo-se ao convite inicial da OrchestraUtopica, Tinoco disse à Lusa que “A Sagração da Primavera” é “uma obra-prima da música e, simultaneamente, uma das criações que mais marcaram o percurso de muitos compositores”, entre os quais se inclui, “sem qualquer hesitação”.
“É, também, uma obra irrepetível e inimitável e, como tal, considero que seria necessária uma dose considerável de ambição, imodéstia e, sobretudo, inconsciência, para se pretender compor ‘uma Sagração’”.
“Escolhi o caminho da homenagem, escrevendo uma peça de abertura – com ligações mais ou menos diretas ao universo musical de Stravinsky – mas procurando manter a distância suficiente para a afirmação de uma linguagem pessoal”, explicou.
O compositor afirmou, todavia, que, na sua peça, fez “uma analogia com os rituais de fertilidade evocados na ‘Sagração’”, adiantando que “o material musical de ‘Before Spring’ foi desenvolvido partindo de algumas sementes retiradas da partitura de Stravinsky, em particular de um acorde dividido por seis violas, de um fragmento de melodia partilhada por dois clarinetes, de uma figuração mais ornamentada do clarinete piccolo, no desenvolvimento da melodia inicial do fagote”, aos quais acrescentou “uma textura e um gesto”.
“Existem ainda outras sementes que fui lançando para a minha partitura e que já não me recordo ou não sei bem onde terão caído”, referiu o compositor, não sem alguma ironia.
Joana Carneiro, de 37 anos, está à frente da OSP desde setembro do ano passado.
A maestrina já tinha dirigido anteriormente a OSP, estreando-se neste concento como titular da orquestra.
A organização da 53.ª Bienal de Veneza referiu-se a Joana Carneiro como “uma das mais brilhantes maestrinas atualmente em atividade”, tendo sido convidada para dirigir o concerto de abertura do Festival de Música Contemporânea no Grand Teatro de la Fenice, em setembro de 2009.
A maestrina, assistente da Orquestra Gulbenkian, já dirigiu também, entre outras orquestras, a Nacional do Porto e a Metropolitana de Lisboa, as Sinfónicas de Toronto, Nokopping, da Rádio Frankfurt, de Toledo, de Phoenix e a de Seattle, a Filarmónica de Los Angeles, a New World Symphony, do Grant Park Music Festival Orchestra, as orquestras de câmara de Los Angeles e a de Macau, e ainda a Orquestra da Bretanha e a Filarmonia das Beiras.
Nascida em Lisboa, Joana Carneiro foi condecorada em 2004, pelo então Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, com a Comenda da Ordem do Infante Dom Henrique.
Esta versão para orquestra sinfónica da obra de Luís Tinoco, foi uma encomenda do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC), onde se realizou o concerto, e no qual participaram também os cantores solistas Ana Serro, Ana Franco, Natália Brito, Bruno Almeida, João Sebastião e Nuno Dias, o coro do TNSC e o pianista Artur Pizarro.
O programa do concerto foi ainda constituído pela “Fantasia Coral”, opus 80, de Ludwig van Beethoven, e pela Sinfonia n.º 6, opus 68, “Pastoral”, também do chamado “mestre de Bona”.
A versão original de “Before Spring – a tribute to the Rite”, de Luís Tinoco, foi encomendada pela OrchestrUtopica, em 2009, tendo sido estreada por esta orquestra em maio de 2010, no Centro Cultural de Belém, antecedendo a apresentação de uma nova coreografia de Olga Roriz para “A Sagração da Primavera”, de Igor Stravinsky.
“A peça autonomizou-se e voltou a ser tocada e, há tempos, a maestrina Joana Carneiro desafiou-me a ampliá-la para uma versão sinfónica”, disse à Lusa Luís Tinoco, ainda antes da estreia da maestrina.
“Trata-se da mesma peça, mas está expandida em termos de instrumentação, e acrescentei alguns compassos, mas não é [uma alteração] importante, nem estrutural”, explicou.
Referindo-se ao convite inicial da OrchestraUtopica, Tinoco disse à Lusa que “A Sagração da Primavera” é “uma obra-prima da música e, simultaneamente, uma das criações que mais marcaram o percurso de muitos compositores”, entre os quais se inclui, “sem qualquer hesitação”.
“É, também, uma obra irrepetível e inimitável e, como tal, considero que seria necessária uma dose considerável de ambição, imodéstia e, sobretudo, inconsciência, para se pretender compor ‘uma Sagração’”.
“Escolhi o caminho da homenagem, escrevendo uma peça de abertura – com ligações mais ou menos diretas ao universo musical de Stravinsky – mas procurando manter a distância suficiente para a afirmação de uma linguagem pessoal”, explicou.
O compositor afirmou, todavia, que, na sua peça, fez “uma analogia com os rituais de fertilidade evocados na ‘Sagração’”, adiantando que “o material musical de ‘Before Spring’ foi desenvolvido partindo de algumas sementes retiradas da partitura de Stravinsky, em particular de um acorde dividido por seis violas, de um fragmento de melodia partilhada por dois clarinetes, de uma figuração mais ornamentada do clarinete piccolo, no desenvolvimento da melodia inicial do fagote”, aos quais acrescentou “uma textura e um gesto”.
“Existem ainda outras sementes que fui lançando para a minha partitura e que já não me recordo ou não sei bem onde terão caído”, referiu o compositor, não sem alguma ironia.
Joana Carneiro, de 37 anos, está à frente da OSP desde setembro do ano passado.
A maestrina já tinha dirigido anteriormente a OSP, estreando-se neste concento como titular da orquestra.
A organização da 53.ª Bienal de Veneza referiu-se a Joana Carneiro como “uma das mais brilhantes maestrinas atualmente em atividade”, tendo sido convidada para dirigir o concerto de abertura do Festival de Música Contemporânea no Grand Teatro de la Fenice, em setembro de 2009.
A maestrina, assistente da Orquestra Gulbenkian, já dirigiu também, entre outras orquestras, a Nacional do Porto e a Metropolitana de Lisboa, as Sinfónicas de Toronto, Nokopping, da Rádio Frankfurt, de Toledo, de Phoenix e a de Seattle, a Filarmónica de Los Angeles, a New World Symphony, do Grant Park Music Festival Orchestra, as orquestras de câmara de Los Angeles e a de Macau, e ainda a Orquestra da Bretanha e a Filarmonia das Beiras.
Nascida em Lisboa, Joana Carneiro foi condecorada em 2004, pelo então Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, com a Comenda da Ordem do Infante Dom Henrique.