Até 7 de Julho, a 12ª exposição sobre Santo António mostra mais de 800 peças, da autoria de uma centena de autores portugueses. A exposição integra pelo 6º ano consecutivo integra o Programa das Festas da Cidade de Lisboa
Quase 800 anos após a sua morte, o culto e a arte fundem-se de tal modo que, causa e consequência quase se tornam impercetivéis. Esta é apenas uma das análises que se podem fazer ao culto antoniano e ao impacto que o mesmo tem nas comunidades artisticas, um pouco por todo o mundo, com particular incidência no nosso país, a partir do seculo XV.
Nasceu em 1195. Foi a 15 de Agosto, em Lisboa, cidade onde – com 15 ou 16 anos – tomaria o hábito de Cónego Regrante de Santo Agostinho.
Cinco anos mais tarde envergaria o burel de Frade Franciscano, recolhendo-se como Eremita nos Olivais. Fernando, o nome com que nascera, dá lugar a António e no regresso de Marrocos, uma tempestade “desvia-o” para as costas da Sicília, mantendo-se por terras de Itália, onde se revelaria como teólogo e pregador.
Depois de uma passagem por França (Toulouse, Limoges) regressa a Itália, onde em Pádua leva a efeito uma importante série de sermões. Morre com apenas 36 anos – decorria o ano de 1231 – no oratório de Arcela, sendo canonizado no ano seguinte pelo Papa Gregório IX, facto que atesta a sua importância como Homem.
O culto antoniano continua a ter grande influência nos meios artisticos, abrangendo com grande amplitude, diferentes correntes e gerações de escultores, artesãos, pintores, designers. “E é essa importante influência na artes e na cultura portuguesas, que a «A Arte da Terra» tem mostrado, ao organizar – desde há mais de uma decada – algumas das maiores exposições de Santo António realizadas em Portugal”, sublinha o responsável da galeria, António Ramos.
A exposição pode ser visitada diariamente, das 11h às 20h, na «A Arte da Terra» (Rua de Augusto Rosa, nº 40, Lisboa.