Em conversa com o «Ciência Hoje», a investigadora explicou a originalidade e especificidade do dispositivo. “O projecto vem ainda da minha licenciatura. Depois passou para mestrado e agora doutoramento”, explica Ana Ferraz que, além de ser a inventora do projecto, também desenvolveu o protótipo. Os vários anos de trabalho permitiram a criação de um eficiente aparelho portátil que “em apenas cinco minutos determina RH e ABO”.
O facto de o processo ser completamente automatizado, sem intervenção de técnicos, faz com “que se eliminem erros humanos e que sejam desnecessárias deslocações ao laboratório”, sublinha a investigadora acrescentando que, “desta forma os riscos de incompatibilidade descem”. A recolha do sangue é feita normalmente com uma seringa. Depois, “o sangue é introduzido em cada uma das cavidades do aparelho. É depois introduzido um reagente e em pouco tempo é feita a identificação”.
Além desta função principal, o dispositivo pode ser utilizado para detectar várias doenças, nomeadamente a pneumonia, a sífilis e a malária. Através de uma aplicação informática, “os dados podem ser enviados directamente para o hospital para, por exemplo, se começar a preparar a transfusão” mesmo antes do paciente chegar.
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