“SISAB PORTUGAL é um certame único” – Paulo Portas

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Cerca de 550 empresas produtoras nacionais, mais de 1500 importadores vindos de 110 países reuniram-se em Lisboa para, durante três dias, negociar e internacionalizar os produtos portugueses. O SISAB PORTUGAL, a maior plataforma internacional de negócios para a exportação do setores agro-alimentar e bebidas de Portugal, regressou ao Pavilhão Atlântico, para a edição da «maioridade». “É a 18ª edição de um certame único em Portugal”, lembrou na sessão de abertura, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. Paulo Portas sublinhou ainda a importância do setor que em 2012 cresceu 6,2 por cento na exportação.

“Neste Salão que faz história, o interesse primordial é fazer negócios e fazer bons negócios”, sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros na abertura do SISAB PORTUGAL (Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas). Paulo Portas elogiou o certame, afirmando que a 18ª edição, “a da maioridade”, foi também “a maior”. “Parabéns pelo aumento exponencial de expositores e de compradores internacionais”, disse, dirigindo-se ao responsável pelo evento, Carlos Morais.
A sessão de abertura contou ainda com a presença do presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, Frederico Falcão, da vereadora Graça Fonseca, em representação do presidente da Câmara de Lisboa, de Ricardo Medeiros, da Direção Regional de Apoio ao Investimento e Competitividade dos Açores, além de representantes da banca portuguesa.
Na intervenção de abertura, o presidente do SISAB PORTUGAL referiu o “orgulho” pela 18ª edição, a “da maturidade” e frisou não haver “nenhum evento similar em Portugal”. “Estão aqui importadores de 110 países, 50 por cento dos quais participam pela primeira vez”, revelou, acrescentando que a edição de 2013 é a maior “graças ao crescimento do espaço de exposição, número de empresas e marcas”.
Carlos Morais destacou que ao longo dos anos, o SISAB PORTUGAL “conseguiu transmitir aos importadores, uma opinião muito positiva daquilo que é a indústria agro-alimentar portuguesa”, assumindo-se como “um parceiro indiscutível nos projetos de internacionalização (do setor)”.

Agro-alimentar representa 10% das exportações

Uma importância que o ministro Paulo Portas frisou no discurso de abertura do certame. “É a 18ª edição de um certame único em Portugal”, lembrou o ministro, que ficou impressionado com os números desta edição: “cerca de 550 expositores, o que é um número recorde, e mais de 1.500 compradores internacionais, o que é um número igualmente recorde”.
Na opinião de Paulo Portas, estes números “provam não só a qualidade do evento, mas também a pujança (do setor agro-alimentar) em Portugal”. Importância que exemplificou com números.
Paulo Portas revelou que a agricultura, o agro-alimentar e a floresta representam 20 por dento das exportações portuguesas. Se falarmos apenas no agro-alimentar, este é já responsável por “dez por cento das exportações portuguesas”, acrescentou, defendendo que tal se deve ao “extraordinário esforço” das empresas e dos empresários nacionais “para aumentar as exportações, e aumentá-las para destinos até agora não tradicionais”.
O governante lembrou que até há poucos anos a agricultura era tida como “uma atividade obsoleta”, opinião que não partilha. “O espectacular crescimento das novas empresas na agricultura e do investimento privado na agricultura, o crescimento da agricultura e do emprego criado na agricultura, em tempo de recessão, provam exatamente o contrário”, defendeu Paulo Portas, que foi ainda mais longe. “A agricultura e o agro-alimentar portugueses são um setor económico pujante, no século XXI”.

Exportações cresceram 6,2 por cento em 2012

O governante aproveitou ainda o certame para revelar que em 2012, o setor registou “um crescimento de 6,2 por cento”, valor “de fazer inveja a muitos países” e que resulta do “trabalho extraordinário que as empresas e os empresários fazem no dia-a-dia”. Por isso, entende o ministro, “as felicitações são para os empresários e para as empresas, porque são eles que arriscam, são eles que vão ganhar quotas de mercado”.
O ministro referiu que o crescimento tem-se verificado em especial para mercados de língua portuguesa, como Angola e Brasil, e outros mercados não comunitários. “É espectacular o crescimento das nossas exportações agro-alimentares para os países de língua portuguesa”, destacou, sublinhando que no ranking dos 15 melhores mercados para Portugal neste setor, sete são extra-europeus.
“Isso revela a capacidade de rasgo e de risco das empresas deste setor”, defendeu.

Desbloquear entraves

Paulo Portas disse entender ser “essencial apostar tanto nos mercados europeus como nos mercados não comunitários”. Para que tal aconteça, afirmou, no Governo trabalha-se “todos os dias para desbloquear entraves burocráticos, administrativos ou alfandegários”.
Algo que já foi conseguido ao nível do vinho e azeite no Brasil, lembrou o governante, acrescentando que Portugal está a “fazer o mesmo relativamente à China” para que possa exportar para lá “ uma série de produtos ainda este ano”.
“O nosso trabalho é facilitar o mais possível a vida das empresas porque é extraordinário o sentido de risco e de apostas no futuro que as empresas estão a desenvolver num momento em que o financiamento é difícil de obter”, frisou, destacando o “extraordinário” contributo que este setor está a dar “para o desenvolvimento da economia portuguesa”.
Nesse sentido, o ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que também o investimento europeu público e privado na agricultura, “é essencial para a capacidade empresarial de internacionalização e exportação das nossas empresas”. “Cada euro que o Estado põe no investimento na agricultura, resulta em cinco euros de retorno no sector privado”, disse, referindo que programas de apoio, como o PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural), “são extraordinariamente eficazes do ponto de vista da criação de riqueza e da criação de emprego”.
E considerou “essencial” continuar a apoiar o investimento na agricultura, “a garantir a execução digna desse nome dos programas comunitários”, a “contrariar a burocracia”, “facilitar a vida às empresas e aos empresários”, e “acreditar que na agricultura, nesta nova geração de empresários agrícolas, se joga boa parte do futuro do nosso país”.
Para este ano, o Governo espera que as exportações do setor “voltem a crescer” e que “o PRODER seja parte importante nesse processo”, destacou Paulo Portas, sublinhando que isso põe a economia a funcionar e coloca as empresas a produzir e a internacionalizar-se e a melhorar a balança comercial nacional. Afirmando que “tempo é dinheiro”, o governante salientou que as empresas portuguesas presentes no SISAB PORTUGAL negociam durante três dias com compradores internacionais vindos de todo o mundo e “tornam-se assim verdadeiras embaixadas económicas de Portugal”. E afirmou que a “máquina diplomática” está hoje “muito mais orientada” para o apoio às marcas e produtos portugueses no exterior. “Não quero que nenhuma empresa portuguesa perca qualquer oportunidade por não ter tido apoio político para ganhar essa oportunidade. Têm talento, mérito e capacidade”, destacou.
Apoio que o SISAB PORTUGAL tem dado a este setor nos últimos 18 anos, nomeadamente com a permissão de entrada exclusivamente a produtos portugueses. “Podíamos ter muito mais expositores se abríssemos o certame a empresas produtoras estrangeiras, mas nós somos fiéis ao que é português”, recordou Carlos Morais.
O criador e organizador do certame lembrou que os importadores estão presentes “porque acreditam na excelência dos produtos portugueses”. Durante três dias, as portas do Pavilhão Atlântico ficam abertas para produtores nacionais e importadores de todo o mundo negociarem o que de melhor se produz em Portugal no agro-alimentar e bebidas.

“O que está a acontecer no SISAB PORTUGAL é exactamente aquilo que o país precisa”

No fim da visita ao SISAB PORTUGAL, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros sublinhou que o número recorde de presenças, tanto de nacionais como de importadores, prova “não só a qualidade do certame mas também a pujança deste sector (agro-alimentar) em Portugal”. Em declarações aos jornalistas, Paulo Portas voltou a referir o crescimento de 6,2 por cento nas exportações deste setor em 2012, considerando ser um valor “de fazer inveja a muitos países”, e que resulta do “trabalho extraordinário que as empresas e os empresários fazem no dia-a-dia”. “As felicitações são para os empresários e para as empresas, porque são eles que arriscam, são eles que vão ganhar quotas de mercado”, sublinhou o governante numa conferência de imprensa. Aproveitando a 18ª edição do certame, Paulo Portas lembrou “a diferença entre o que produzimos e vendemos hoje com o que acontecia há 20 anos”, e afirmou que se assistiu a “uma evolução extraordinária”, nomeadamente ao “nível do marketing e do branding”. “O que está a acontecer no SISAB PORTUGAL é exactamente aquilo que o país precisa”, afirmou, deixando o desejo de que este ano, as exportações no sector agro-alimentar “voltem a crescer” e que “o PRODER seja parte importante nesse processo”. O atual ministro dos Negócios Estrangeiros é já presença habitual no SISAB PORTUGAL, e não deixou de o referir. “Eu já cá vinha quando estava na oposição, venho cá enquanto representante do Governo, e voltarei quando não estiver em funções governativas”, garantiu, afirmando que este é “um certame único e anual em Portugal que tem uma elevada participação do importante sector do agro-alimentar”.
A finalizar, defendeu ser “extraordinário” o contributo que as empresas deste sector estão a dar para o desenvolvimento da economia portuguesa. “Quanto mais exportamos, não ganhamos apenas mercado: protegemos postos de trabalho na retaguarda. Quem faz a economia são as empresas”, destacou.

 

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