Casa portuguesa integra maior concurso mundial sobre habitação ecológica

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Concebido pelo estudante da Universidade do Porto Manuel Vieira Lopes, o projeto «Casas em Movimento» é um dos finalistas do está na final da «Solar Decathlon Europe 2012», o maior concurso internacional exclusivamente dedicado ao tema da habitação ecológica, que este ano se realiza em Madrid.

Mesmo que não vença a competição, o projeto «Casas em Movimento» é já um dos projetos de arquitetura sustentável mais importantes a nível mundial, já que chegou a finalista do «Solar Decathlon Europe 2012», o maior concurso internacional exclusivamente dedicado ao tema da habitação ecológica. Há 20 projetos em competição no certame, que abre a 14 de setembro e decorre até dia 30.
As «Casas em Movimento» nasceram na Universidade do Porto, e têm base na autossustentabilidade. Graças ao movimento de rotação da habitação e da pala, proporciona-se um maior aproveitamento térmico, energético, e até de iluminação. O projeto pretende ainda garantir uma relação de proximidade entre a casa e aqueles que nela habitam, prometendo revolucionar os preceitos arquitetónicos.
O seu criador acredita que “vai revolucionar o paradigma da habitação a nível mundial”.
O projeto deu os seus primeiros passos em 2008, enquanto Manuel Vieira Lopes era estudante de mestrado integrado na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. A habitação foi pensada para ser autónoma e sustentável.
Projeto complexo que começou com o trabalho de uma só pessoa, junta já uma equipa multidisciplinar onde se incluem investigadores de vários institutos – o INEGI (Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial) está a desenvolver a parte mecânica e o INESC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores) a parte da eficiência energética.
O conceito de habitação idealizada por Manuel Vieira Lopes, obedece a um “efeito girassol”.
A habitação “está sujeita a movimentos combinados de rotação (painéis e casa), em função do percurso do Sol, ou seja, rodará aproximadamente 180º de nascente para poente (seguindo o conceito natural de fototropismo, à semelhança de um girassol), no sentido de garantir um melhor aproveitamento de luminosidade no interior, maiores ganhos energéticos a nível térmico e maior produção de energia elétrica”, explica uma nota da Universidade do Porto. A casa também pode ser aumentada acompanhado as necessidades de aumento da família.
“Criámos também uma pala amovível para que no Inverno incida a luz solar na fachada e no Verão não. Com isto, há 25 por cento em ganhos de produção de energia” e não é necessário gastar energia para controlar a temperatura da casa.
Além do mais, “como a casa está o dia todo iluminada há também poupança em termos de gastos na iluminação”, explicou Manuel Lopes ao site «Ciência Hoje».
O arquiteto revela ainda que o interior da habitação tem características inesperadas: “a casa modifica-se ao longo do dia. De manhã, não é necessário uma sala grande pois as pessoas podem tomar o pequeno-almoço a ritmos diferentes na cozinha. À noite, a sala une-se à cozinha para que se proporcione o encontro familiar”.
A casa poderá ainda ser transportada para outro lugar, caso os donos queiram. “Se as pessoas tiverem de se mudar podem levar a casa com elas. Hoje em dia já não há empregos para a vida e as pessoas estão em constante movimento”, acrescentou.

Votação on-line

A partida da equipa responsável pelo «Casas em Movimento» aconteceu no dia 8, à frente da Reitoria da Universidade do Porto. A caminho de Madrid a equipa fez uma espécie de digressão por várias autarquias de Portugal e Espanha para dar a conhecer o projeto e realizar ações de sensibilização para as questões ambientais. As paragens agendadas foram Aveiro, Viseu, Guarda, Ciudad Rodrigo, Salamanca e Ávila. 
O protótipo em tamanho real esteve a ser montado em Madrid, juntamente com os dos outros projetos em competição. O evento foi inaugurado no dia 13, mas o período de competição terá lugar entre 17 e 28 deste mês, e durante o qual as 20 casas serão submetidas a dez provas por uma equipa de jurados.
As provas incidem em questões como arquitetura, engenharia de construção, eficiência energética, condições e bem-estar, inovação e viabilidade de comercialização, entre outras. Serão premiadas os três projetos que tiverem maior pontuação geral, sagrando-se vencedor o que finalizar a competição com o maior número de pontos.
O processo de premiação dos vencedores da «Solar Decathlon Europe 2012» envolve ainda a votação do público. Para votar no projeto Casas em Movimento basta aceder ao site http://www.suelosolar.es/decathlon/index.asp?idioma=en

A.G.P.

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