Alcochete: Crise e desemprego atraem pessoas para apanha ilegal da ameijoa

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A crise e o desemprego estão a empurrar cada vez mais pessoas para a apanha ilegal de ameijoa no estuário do rio Tejo, que diariamente é inundado por centenas de mariscadores na procura de sustento para a família.
“Nesta zona, temos 200 a 300 apanhadores por dia. Há desempregados de longa duração que vêm para aqui apanhar as ameijoas e fazer algum dinheirinho. Era ajudante de pastelaria e, como agora estou desempregado, ando a apanhar ameijoa para ter algum dinheirinho também”, explicou à Lusa Paulo Serra, 33 anos, munido de um balde e de uma pá, usada para desenterrar os bivalves, que proliferam no rio que banha a capital. A praia dos Moinhos, em Alcochete, é um dos principais locais para a apanha de ameijoa japónica.
Além de Paulo Serra, são às dezenas os mariscadores que, aproveitam a maré baixa e entraram Tejo adentro com a certeza de que, quando a maré subir, sairão com ameijoa, a qual será comprada a dois euros ou dois euros e meio o quilo pelos intermediários.
O alcochetense diz que, em média, quando as condições o permitem, apanha entre cinco e oito quilos por cada ida ao rio. Nos dias em que a maré “não dá”, traz apenas três a quatro quilos. Paulo Serra recorda que, há cerca de uma década, um quilo de ameijoa rendia 12 euros. Hoje, “como há muita oferta e bastantes mais apanhadores”, o preço baixou drasticamente. A crise, a falta de emprego e as dificuldades financeiras pelas quais os portugueses estão a atravessar, são, no entender da reformada, as principais razões que levam tanta gente a dedicar-se à apanha ilegal de ameijoa no estuário do Tejo, inclusive estrangeiros.

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