O Sítio das Morenas era na malha de hoje a situação mais complicada dos incêndios na Madeira, com “o fogo muito perto das casas”, como revelou à agência Lusa fonte dos bombeiros locais.
O concelho de Santa Cruz foi durante o dia de quinta-feira, dia 19, o mais atingido pelos incêndios de grande intensidade que estão a assolar a ilha da Madeira desde domingo passado, que consumiram muitos hectares de floresta e mato, destruíram várias habitações e obrigaram à evacuação de algumas zonas habitacionais.
Outra situação a “preocupar a região” é o incêndio ativo em Porto Moniz, na freguesia das Achadas da Cruz, com o “fogo a deflagar em mato”, disse este manhã à Lusa o presidente da Câmara local, Walter Correia. “Há uma melhoria bastante grande do estado do incêndio”, referiu, adiantando que foram salvaguardadas as habitações na Achada da Cruz. O autarca precisou que o incêndio “não está circunscrito e está a lavrar em mato”.
A agência Lusa contactou também o presidente da Proteção Civil Regional da Madeira, Luís Néry, que disse existir a possibilidade de o grupo especial que foi enviado do continente, composto por 91 operacionais, ser deslocado “para as Achadas da Cruz, ainda que tudo isto esteja para ser avaliado num a reunião ainda de manhã”.
No concelho do Funchal, de acordo com fonte dos bombeiros Municipais, há dois focos de incêndio, um no Caminho dos Pretos, no Palheiro Ferreiro, e outro nas Carreiras, mas “ambos controlados”.
Instituto da Habitação pode ceder casas
Entretanto, a ministra do Ordenamento do Território anunciou ontem que o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) pode disponibilizar casas para as pessoas que ficaram desalojadas na sequência dos incêndios na Madeira. “O IHRU tem disponibilidade de fogos na Madeira para alguém que esteja sem esses meios (habitação)”, afirmou Assunção Cristas aos jornalista em Lisboa, à margem da cerimónia de abertura da Regata dos Grandes Veleiros.
A ministra disse que estão na Região Autónoma da Madeira “todos os meios disponíveis que podem e devem estar”. Para Assunção Cristas, a situação que se vive na Madeira, é “naturalmente a lamentar e preocupante”. Além de uma “palavra de proximidade e solidariedade”, Assunção Cristas reafirmou que o IHRU “pode proceder a realojamentos face a um problema que assola sempre os países da Orla Mediterrânica em altura do verão”.