Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, reúnem-se hoje na sede nacional do PSD para iniciar as conversações que irão levar à formação do Governo. O futuro primeiro-ministro e o líder do CDS-PP estão juntos a partir das 10 horas para definir programa, pastas e perfis.
Depois de um primeiro contacto telefónico na segunda-feira, depois de Passos ter sido convidado pelo Presidente da República a formar Governo, como líder do partido mais votado nas legislativas de domingo, os presidentes dos dois partidos encontraram-se esta quarta-feira.
O jornal Económico avança que Pedro Passos Coelho só fará convites depois de indigitado e tudo fará para que o Presidente da República seja o primeiro a conhece-los, o que não deverá acontecer antes de meados da próxima semana. As garantias já foram deixadas pelo futuro primeiro-ministro que pretende tratar de todo o processo com celeridade, discrição e concertação – quer com o parceiro da futura coligação, Paulo Portas, quer com o Presidente da República, Cavaco Silva.
A única certeza que existe é que os líderes dos dois partidos integrarão o Governo, terão a seu cargo, respectivamente, os dois cargos cimeiro. Ontem as duas principais caras do futuro Governo “encontraram-se e já definiram o modelo das negociações entre PSD e CDS”, explicou Miguel Relvas, número dois dos social-democratas.
A fusão dos dois programas não deverá gerar qualquer foco de conflito insanável, refere o mesmo diário. Depois de acordarem a orgânica do Governo, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas concentrar-se-ão nos nomes que vão integrar o mais difícil Executivo de que há memória.
O PSD ganhou as eleições legislativas de domingo com 38,6 por cento e tem, com o CDS (11,7 por cento), maioria absoluta no Parlamento. O Presidente da República, Cavaco Silva, convidou Pedro Passos Coelho na segunda-feira – dia seguinte às eleições – a formar um Governo com “apoio maioritário” na Assembleia da República, pedindo-lhe que seja entregue uma proposta no prazo de duas semanas.