Festas anunciam a chegada da cereja…

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De final do mês de Maio e até fins de Junho as cerejas começam a ser colhidas e são motivo de festa. Em Resende nas encostas do Douro, ou em Alcongosta, Fundão, bem como Alfândega da Fé, este fruto apetecível contribui para a economia local e graças à sua qualidade é exportado e preferido por marcas de chocolates famosas como o «Mon Chéri»

Mais de uma centena de produtores e vendedores de cereja estiveram no Largo da Feira, em Resende, onde venderam toneladas de cereja a preços convidativos, sempre acompanhados pela animação de rua e animação musical. Durante os dois dias os visitantes também puderam passar pela mostra e venda de produtos de artesanato relacionados com a cereja, como compotas e licores, peças de cerâmica e linho tradicional. Tal como em 2010, também este ano a autarquia de Resende estabeleceu uma parceria com a CP e a empresa de autocarros Joalto Douro para facilitar a viagem até à festa. As cerejas de Resende são as primeiras a amadurecer graças ao micro clima das margens esquerdas do Douro.
Assim, a CP durante os dois dias disponibilizou horários de comboio especiais entre as estações do Porto e da Ermida, sendo que os visitantes tiveram à sua espera na estação um autocarro que fez a ligação até ao centro da Vila e, no final da tarde, o mesmo transporte assegurou a ligação de Resende à estação.
Mas, o ponto alto do Festival da Cereja ocorreu no domingo, ao início da tarde, com a realização do Cortejo Temático subordinado ao tema “A Cereja de Resende no topo do Bolo” protagonizado por um milhar de crianças vestidas a rigor em oito carros alegóricos decorados, que vão desfilaram pelas principais ruas do centro da Vila, culminando dois dias recheados de iniciativas alusivas à cereja. Recorde-se que Resende é responsável por 24% da produção nacional de cereja, ou seja, cerca de 3500 toneladas por ano, e esta é uma forma de valorizar um produto diferenciador e que tem uma grande repercussão na economia local.
O Festival da Cereja tem-se afirmado cada vez mais como uma iniciativa de referência em todo o país, colocando o concelho num patamar de reconhecimento elevado sendo que a promoção do suculento fruto de cor avermelhada faz, todos os anos, as delícias de milhares de visitantes.

Alcongosta

Entre 10 e 13 de Junho a freguesia de Alcongosta, em plena serra da Gardunha e junto à cidade do Fundão vai voltar a ser palco de mais um Festival da Cereja. Uma localidade marcada pela produção deste fruto que é símbolo de todo o concelho recebe também um conjunto de eventos culturais. Para já, a empresa municipal, Fundão Turismo, divulgou um programa de espectáculos musicais. Está também pensado um outro leque de eventos onde a comercialização da cereja é mais marcante.
A festa arranca a 10 de Junho, com os Bombos de Alcongosta e os Bombos de Souto da Casa a juntarem-se a diversos acordeonistas da Beira Baixa. Os grupos vão passar pelas ruas da freguesia complementando a venda e distribuição de cerejas pelo público.
Ainda no primeiro dia, está também prevista a actuação do Grupo de Cantares da Barroca, Grupo de Cantares Senhora do Mosteiro, Grupo de Cantares de Alpedrinha e Grupo de Cantares Ponto e Linha.
Para 11 de Junho, o cartaz prevê a actuação dos Bombos de Alcongosta, do Grupo de Cantares da Escola Secundária do Fundão e do Grupo de Musica Popular as Sementinhas do Centro de Dia do Castelejo. Um dia de actividades, que conta ainda com um concerto dos “Farra fanfarra”, pelas 22 horas. Dia 12 de Junho, uma arruada com Banda Filarmónica do Alcaide, seguidos pelos Bombos do Alcaide, Bombos de Lavacolhos, pelos Bombos “trinta por uma linha”. À festa junta o Grupo de Cavaquinhos “Selectos em dó menor”, Pífaradas do Álvaro e Sacábuxa. .

Alfândega da Fé

Os visitantes da Festa da Cereja, em Alfândega da Fé, vão ter a oportunidade de participar na apanha do fruto que, há quase três décadas, dá nome ao concelho e a um dos mais emblemáticos certames transmontanos. Além de comprarem a cereja na feira, no parque municipal de exposições, os visitantes que passarem por Alfândega da Fé no fim-de-semana prolongado de 10 a 12 de Junho vão também ter a oportunidade de conhecer os pomares.
Os visitantes podem também colher das árvores uma “cestinha” de cerejas, segundo contou Berta Nunes, presidente da Câmara de Alfândega da Fé, que organiza o certame em parceria com a cooperativa agrícola local.
Associar a feira à colheita é o propósito desta inovação do programa, que oferece ainda passeios de burro dentro dos pomares e em torno da barragem da Esteveinha, onde se concentra a parte mais significativa da produção do concelho. Embora não sendo dos maiores produtores do país, Alfândega da Fé conseguiu tirar proveito e fazer deste fruto a imagem de marca do concelho.
A gastronomia é outra das vertentes que começa a sobressair no certame, com o chefe Marco Gomes a confeccionar, durante a feira, menus em torno da cereja.
O chefe é uma das personalidades que serão entronizadas pela Confraria da Cereja, criada na zona da Covilhã, mas com um âmbito nacional e que tem tido a adesão de zonas produtoras como Alfândega da Fé. A confraria será responsável por uma exposição e por uma palestra.
Para além do fruto fresco, a feira oferece também a oportunidade de experimentar outros formas de consumir ou benefícios, como os pés de cereja para chá, as compotas ou as almofadinhas de caroços que substituem o gelo ou os sacos de água quente para apaziguarem as dores de cabeça ou outras.

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