A Fundação Memorial da América Latina, em São Paulo, inaugurou e Maio duas mostras sobre a arte lusófona. «Encontro da Imagem com a Palavra» e «Arte Lusófona Contemporânea», têm por objectivo divulgar a produção cultural contemporânea dos países que de língua portuguesa.
“Quisemos provocar artistas com textos de autores contemporâneos de língua portuguesa”, disse a curadora da mostra, Ângela Barbour, em entrevista à Agência Brasil.
Os 26 artistas foram convidados a criar obras sobre papel, a partir de investigação da literatura produzida por José Eduardo Agualusa e Pepetela (Angola), Cristóvão Tezza e Milton Hatoum (Brasil), Henrique Teixeira de Sousa (Cabo Verde), Abdulai Silá (Guiné Bissau), Luis Bernardo Honwana e Mia Couto (Moçambique), António Lobo Antunes e José Luis Peixoto (Portugal), Albertino Bragança (São Tomé e Príncipe) e Luís Cardoso de Noronha (Timor Leste).
A mostra está patente na Biblioteca Latino-Americana Victor Civita, no Memorial da América Latina (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664), até ao dia 10 de Junho. Com entrada gratuita, pode ser visitada de terça a domingo, das nove às 18 horas.
20 artistas lusófonos
Já a exposição «Arte Lusófona Contemporânea» dará a conhecer a partir de 27 de Maio, a produção cultural de cerca de 20 jovens lusófonos. A mostra colectiva reúne na Galeria Marta Traba, do Memorial da América Latina, “o que de mais novo e importante se tem produzido por artistas dos países lusófonos” para dessa forma “difundir a cultura actual dos países que falam português”, refere a Fundação Memorial da América Latina
Serão expostas pinturas, fotografias, vídeo-instalações, gravuras e desenhos, entre outros trabalhos de artistas plásticos, emergentes ou consagrados, de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste e ainda artistas de outros territórios que foram colonizados pelos portugueses, como Macau, na China, e Goa, na Índia.
“A questão do trabalho e da luta está muito presente na exposição como um todo”, explicou Ângela Barbour à Agência Brasil, acrescentando que muitos dos trabalhos abordam a luta pela independência em países como o Timor-Leste e Guiné Bissau.
«Arte Lusófona Contemporânea» está patente até 10 de Julho e poderá ser visitada de terça a domingo, das nove às 18 horas. A entrada é gratuita. Mais informações podem ser obtidas pelo site http://www.memorial.sp.gov.br.
A.G.P.