“O objectivo é consolidar uma relação que já existe”, disse o diplomata na assinatura do protocolo, salientando que a relação de colaboração que existe entre o Instituto Politécnico de Macau e a língua portuguesa “existe de forma geral em vários planos, nasceu espontaneamente tendo em conta o grande empenhamento da direcção do Instituto Politécnico de Macau”.
“A ideia é juntar as forças para, com isso, obter um resultado maior do que a soma das partes”, resumiu, sublinhando que o Instituto Politécnico de Macau “é um bom parceiro, tem provas prestadas aqui (em Macau), em Pequim e em Portugal e, portanto, vemos aqui um passo interessante que não será uma revolução, é apenas um crescimento em força de uma coisa que já existe”, concluiu o diplomata.
Já Lei Heong Iok, presidente do Instituto Politécnico de Macau, salientou que o mais importante do protocolo, que é válido por três anos, renovável por iguais períodos, é que a “união faz a força”. “Vamos juntar mais esforços nesse sentido, para consolidar, para fazer mais e melhor na divulgação da língua e cultura portuguesas”, disse o mesmo responsável.
Lei Heong Iok recordou que, com Portugal, o Instituto Politécnico de Macau tem já vários projectos de cooperação na área da licenciatura e que agora estão a “progredir para a área de mestrados não só na língua, mas também em administração pública” com o instituto congénere de Leiria. “Depois há mais um projecto de doutoramento com apoio e orientação de professores da Universidade Clássica”, disse.
Apoio na área da investigação
Com entidades portuguesas, Lei Heong Iok destacou ainda outras conjugações de esforços para a “divulgação da língua e na área da investigação”. “Temos de pensar também no mercado da Grande China. Na China cerca de 20 universidades chinesas criaram programas de português, e o papel de Macau, como tem uma longa história nessa área, vamos dar o apoio possível não só na área do ensino, aprendizagem e também investigação. Refiro-me assim à preparação de materiais e até de dicionários e técnicas didácticas relacionadas com o ensino da língua e da cultura portuguesas”, acrescentou.
Numa recente visita a Macau, a presidente do Instituto Camões, Ana Paula Laborinho, salientou a importância que Macau “pode desempenhar um papel muito relevante (na internacionalização do português), porque sabemos que a China tem cada vez mais interesse no português, num diálogo que é económico e político com os países lusófonos”.