O Benfica ameaçou deixar de comparecer aos “flash-interview” após os encontros da Liga portuguesa de futebol, na sequência do incidente registado no domingo, no jogo com o Beira-Mar, envolvendo um jornalista da TVI.
João Gabriel, director de comunicação do Benfica, considerou que a pergunta do jornalista sobre alegado mau ambiente no balneário do clube foi “um ato premeditado e provocatório” e, citando o artigo 26.º do Regulamento das Competições da Liga, sublinhou que as entrevistas rápidas são “um espaço para perguntar sobre incidências do jogo”.
“As entrevistas rápidas não são para perguntar sobre os jogadores A ou B, se o Governo teve ou não influência editorial na TVI ou se Manuela Moura Guedes foi censurada. As entrevistas rápidas servem apenas para fazer perguntas sobre as incidências”, reiterou o responsável do Benfica, em conferência de imprensa especialmente convocada para esclarecer o que “foi escrito por pura má fé ou por ignorância”.
João Gabriel acentuou que o ocorrido no domingo “não é uma situação inédita” e que “foi premeditado”, classificando “de grave a reprodução de uma determinada informação” de que o jornalista foi alegadamente ameaçado e agredido, “sem terem confrontado o Benfica”.
“Quem divulgou esta informação vai ter de a esclarecer em tribunal”, disse, salientando que o Benfica “já tinha alertado a Liga” para situações idênticas ocorridas anteriormente e que, por sua vez, o organismo que superintende ao futebol profissional já confrontou “os operadores televisivos que detêm os direitos de transmissão”.
O director de comunicação do Benfica afirmou também que o clube “fez uma exposição atempadamente” sobre o incidente em Aveiro e revelou ter conhecimento de que a Liga “já interpelou os operadores de televisão”.
Referiu ainda que a situação chegou a “um ponto de rotura” no domingo e que Jorge Jesus, treinador do Benfica, não teve “falta de serenidade”.