O Verão deste ano foi o segundo mais quente dos últimos 79 anos, com uma temperatura média de 23 graus Celsius, mais um grau relativamente ao valor normal, segundo o Instituto de Meteorologia (IM).
A existência de um anticiclone que se estendeu “em crista” para o norte da Península Ibérica e uma depressão “de origem térmica”, centrada no território e que transportou uma corrente de Leste, são os motivos apontados pelo IM para justificar as elevadas temperaturas sentidas neste verão e os reduzidos níveis de humidade.
“Deste modo, o Verão de 2010 foi o segundo mais quente desde 1931, registando uma temperatura média do ar de 23ºC, o que representa uma anomalia de mais 1,7ºC relativamente à normal de 1971-2000”, pode-se ler num comunicado do IM.
O IM refere ainda que, no mesmo período, os valores das máximas e mínimas do ar “foram superiores aos respectivos valores médios de 1971-2000”, com mais 2,5º graus e mais 1ºC, respectivamente.
O balanço, realizado a partir da análise efectuada às temperaturas registadas no três meses deste Verão, revela igualmente que “em todo o território nacional” foram registadas máximas superiores a 35º, em particular no Alentejo, com algumas zonas a contabilizar mais de 50 dias nestas condições. À semelhança do que sucedeu no território continental, também nos arquipélagos da Madeira e dos Açores as temperaturas registadas foram superiores aos valores considerados normais.
Na Madeira, as temperaturas máxima, média e mínima foram superiores aos valores médios, com anomalias de mais 0,8ºC, mais 1,1ºC e mais 1,3ºC, respectivamente. A situação repetiu-se nos Açores, com Ponta Delgada a destacar-se com anomalias de mais 0,4º, mais 0,9º e mais 1,4º nas temperaturas máxima, média e mínima.
O Verão de 2010, que oficialmente ainda não terminou, foi ainda marcado por três ondas de calor, duas em Julho e uma no início de Agosto. “Em termos de precipitação, o verão de 2010 classifica-se como seco a normal, em praticamente todo o território”, acrescenta o comunicado.
