A 4 de Setembro, dia em que se iniciaram as inscrições para os cursos de Língua Portuguesa na Bélgica, muitos pais descobriram que os horários do ano lectivo anterior tinham sido mudados. Uma decisão que, segundo o conselheiro das Comunidades Portuguesas naquele país, poderá “significar o fim do secundário e do pré-escolar no ensino de português na Bélgica”.
Num comunicado à imprensa, Pedro Rupio refere ter enviado à Coordenadora do Ensino de Português na Bélgica, Maria José Meira, uma carta onde dá conhecimento do descontentamento dos pais em relação a “uma situação problemática” que, afirma, “acabará por, a curto prazo, conduzir ao esvaziamento destes dois níveis de ensino (ensino pré-escolar e secundário) na Bélgica”.
“No ano passado, o ensino pré-escolar era dado num horário que convinha logicamente aos pais: aos sábados de manhã. Porém, esse horário foi suprimido e foram criados dois horários que levantaram os protestos dos pais: das 12h00 às 15h00 e das 15h00 às 18h00”, refere o conselheiro na carta enviada à coordenadora. Pedro Rupio afirma que o primeiro horário «corta» o dia aos pais “que na maior parte dos casos, fazem um sacrifício grande para levarem os filhos à escola visto que trabalham”, acrescentando que “dificilmente” as crianças poderão almoçar “antes do meio-dia”. Quanto ao segundo horário, diz ser “totalmente inadequado para crianças deste nível etário”.
Em relação ao ensino secundário, o conselheiro diz que a situação “é talvez pior”. “Os alunos destes níveis (alguns dos quais já frequentam a universidade) não têm disponibilidade horária durante a semana dado que os horários de português se sobrepõem aos horários do ensino belga”, lê-se na carta.
Pedro Rupio recorda no documento enviado a Maria José Meira que nos dois últimos anos, “fez-se a experiência com os alunos do 12o ano dos quais a maior parte acabou por desistir” e sublinha que um grande número de pais e os próprios alunos dos três níveis do secundário já informaram que os estudantes irão desistir do ensino do português se este ano as aulas não passarem para sábado.
O conselheiro enviou ainda à coordenadora do ensino, um documento com as 746 assinaturas que recolheu “de pais, alunos e outros membros da comunidade que se solidarizaram com esta situação”.
A.G.P.
“No ano passado, o ensino pré-escolar era dado num horário que convinha logicamente aos pais: aos sábados de manhã. Porém, esse horário foi suprimido e foram criados dois horários que levantaram os protestos dos pais: das 12h00 às 15h00 e das 15h00 às 18h00”, refere o conselheiro na carta enviada à coordenadora. Pedro Rupio afirma que o primeiro horário «corta» o dia aos pais “que na maior parte dos casos, fazem um sacrifício grande para levarem os filhos à escola visto que trabalham”, acrescentando que “dificilmente” as crianças poderão almoçar “antes do meio-dia”. Quanto ao segundo horário, diz ser “totalmente inadequado para crianças deste nível etário”.
Em relação ao ensino secundário, o conselheiro diz que a situação “é talvez pior”. “Os alunos destes níveis (alguns dos quais já frequentam a universidade) não têm disponibilidade horária durante a semana dado que os horários de português se sobrepõem aos horários do ensino belga”, lê-se na carta.
Pedro Rupio recorda no documento enviado a Maria José Meira que nos dois últimos anos, “fez-se a experiência com os alunos do 12o ano dos quais a maior parte acabou por desistir” e sublinha que um grande número de pais e os próprios alunos dos três níveis do secundário já informaram que os estudantes irão desistir do ensino do português se este ano as aulas não passarem para sábado.
O conselheiro enviou ainda à coordenadora do ensino, um documento com as 746 assinaturas que recolheu “de pais, alunos e outros membros da comunidade que se solidarizaram com esta situação”.
A.G.P.