Porto recebe Festival Internacional de Marionetas

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De 16 a 27 deste mês, a cidade Invicta é palco do Festival Internacional de Marionetas do Porto, que ao fim de 20 edições pretende lançar um novo olhar sobre esta forma de arte e descobrir qual o espaço que ainda tem em pleno século XXI.

Até 27 de Setembro, Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP) propõe-se descobrir que caminhos pode seguir a arte da marioneta hoje, como a sua interacção com a dança e com o circo.
“Que caminhos para a marioneta no século XXI? É esta a interrogação que anima o FIMP de agora em diante. Cada espectáculo apresentado, cada artista convidado será desafiado a trazer consigo um fragmento de possibilidade”, explica Igor Gandra, director artístico do Festival, no site do FIMP na internet.
O mesmo responsável percebe que poderá ser “estranho” chamar novo a um festival com 20 anos de existência, mas sublinha que é de um novo ciclo que agora poderá começar de que se está a falar. “É um ciclo que se inicia sobre e sob o importante legado de Isabel Alves Costa (anterior directora artística do FIMP) e acerca do qual importa reflectir continuadamente, de modo abrangente e partilhado”.
Em entrevista à Agência Lusa, Igor Gandra revelou que a 21ª edição marca ainda “o regresso em força das escolas de teatro ao FIMP”, uma questão “quase pessoal”, já que quase todos os elementos da organização participaram no evento enquanto alunos.
Igor Gandra reivindica ainda a tradição que as marionetas têm na cidade. “O Porto tem uma tradição marionetista muito viva e isso vê-se, não só no festival, mas também em grupos como o Teatro das Marionetas do Porto”, frisou o responsável à Lusa.
Além dos vários espectáculos de marionetas que vão ocupar vários espaços teatrais da cidade, entre 17 e 26 de Setembro, o FIMP põe ao dispor do público uma série de workshops. Igor Gandra acredita que “é difícil alguém não encontrar um workshop do festival de que goste”, apontando o atelier de construção e manipulação de marionetas, que terá lugar diariamente nos jardins da Cordoaria, como o mais apetecível aos curiosos.
Na apresentação do Festival no site (http://fimp2010.wordpress.com/), Igor Gandra sublinha que a organização entende um festival “como o espaço onde o público se encontra com os artistas e também como o tempo em que os artistas se encontram na arte, inclusive com a sua arte em confronto com outras práticas”. “É a época em que alguns elementos de entre o público descobrem que são artistas e em que todos o imaginam livremente. É quando aqueles que virão a sê-lo podem estar e ser com(o) os que já são”, acrescenta.
O FIMP vai contar com espectáculos, entre outros, dos portugueses Teatro de Marionetas do Porto e Teatro de Ferro, e dos grupos internacionais, Pathosformel e Uta Gebert. A relação das companhias, assim como a programação completa podem ser encontradas no site do Festival.         
A.G.P.

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