O secretário de Estado das Comunidades, está em Marrocos para se informar sobre o estado de saúde dos turistas portugueses – feridos em consequência do acidente de ontem com um autocarro – que estão internados em dois hospitais de Tetouan, Marrocos. António Braga referiu à rádio TSF que “todas as indicações clínicas apontam para a estabilização dos feridos. O balanço final do acidente, confirma a morte de nove portugueses, além de 19 feridos graves e 17 ligeiros.
António Braga visitou ontem, à chegada a Marrocos, os dois hospitais em Tetouan, onde estão a ser acompanhados os feridos, e fez à TSF um balanço do estado de saúde dos portugueses. “Todas as indicações clínicas apontam para a estabilização, alguns esperam uma estabilização mais consolidada para serem intervencionados, nomeadamente em recuperação óssea. Mas o quadro geral de todos estes internados, que visitámos nos dois hospitais, é de estabilidade e recuperação”, avançava ontem o governante, que viajou acompanhado por um médico do INEM.
Ainda não se sabe quando regressam a Portugal os cerca de 12 feridos portugueses que permanecem em Ceuta e Marrocos depois do acidente. Já hoje, em declarações ao jornal «i», Eduardo Saraiva, porta-voz da Secretaria de Estado das Comunidades, disse que para já, há oito feridos em Tétouan e quatro feridos em Ceuta. Dos portugueses internados em Tétouan, quatro são mais preocupantes, e foram operados com sucesso durante a noite.
Eduardo Saraiva disse ainda que esta manhã vão perceber que procedimentos já foram tomados para trazer os corpos das nove vítimas mortais para Portugal. Para já o porta-voz não consegue adiantar qual é o ponto de situação, mas António Braga disse já que a expectativa é trazer os corpos de Tétouan para Lisboa por via terrestre.
Nove mortos e 19 feridos graves
Nove mortos, 19 feridos graves e 17 ligeiros foi o balanço final do acidente ocorrido ontem, ao início da manhã, com portugueses, em Marrocos. Os turistas eram passageiros do Paquete Funchal, que atracou em Ceuta, e iam fazer uma viagem a Tetouan, quando um dos quatro autocarros onde seguiam se despistou. No autocarro estavam 44 portugueses, além de um guia marroquino e um elemento da Classic International Cruises, empresa responsável pelo paquete.
Juan Miguel, jornalista do diário «El Faro de Ceuta», explicou ao jornal «i» que a estrada para Tétouan não é perigosa, tendo sido reparada há pouco tempo. O condutor do autocarro e proprietário da Abyla Tur, Fernando J. Pérez, era “experiente”. A empresa tem 15 anos e faz trabalhos com excursões, mas também com escolas e crianças com necessidades especiais e tinha já contratos para o ano lectivo de 2010/2011.
Rei assegura custos médicos
O rei Mohammed VI decidiu assumir pessoalmente os custos médicos e o repatriamento das vítimas do acidente, avançou ontem a agência de notícias espanhola EFE. Após ter sido informado do acidente, o monarca transmitiu o desejo de suportar os custos da assistência médica e ordenou às autoridades locais para tomarem todas as medidas necessárias para socorrer as vítimas e contactar os seus familiares, referiu a agência oficial MAP, citada pela EFE.
Mohammed VI enviou também uma mensagem de condolências às famílias dos falecidos e feridos, e para estes últimos exprimiu desejos de rápida recuperação, acrescentou a MAP.
Entretanto, o paquete «Funchal» deverá chegar a Lisboa hoje à tarde, pelas 17 horas, disse à Lusa fonte do Porto de Lisboa. “O cruzeiro irá chegar por volta as 17 horas”, adiantou a mesma fonte, acrescentando que o navio irá atracar em Alcântara, em Lisboa.A viagem do cruzeiro começou no passado sábado, em Lisboa, tendo os passageiros passado por Gibraltar, Málaga e Ceuta. O seu regresso, antes do acidente, estava previsto para a manhã de hoje.