Sporting conquista Supertaça de Futsal

O Sporting venceu pela quarta vez no seu historial a Supertaça portuguesa de futsal, ao golear o Belenenses, por 5-2, em jogo disputado no Entroncamento.
O Belenenses, detentor da Taça de Portugal, chegou ao intervalo em vantagem, com um golo de Jardel, mas o Sporting, campeão nacional, encetou a reviravolta na segunda parte, com dois golos de Divanei e um de Alex, de Marcelinho e de Caio. No último minuto, Danilo ainda reduziu para os “azuis”, fixando o resultado final.
No regresso de Orlando Duarte, em jogos oficiais, ao comando dos “leões”, foi Danilo, aos cinco minutos, que dispôs da primeira ocasião para inaugurar o marcador, quando apareceu sozinho em frente à baliza do Spor-ting, permitindo a defesa a João Benedito.
Lentamente, o Sporting tomou as rédeas do encontro, mas foram os comandados de Alípio Matos que chegaram à vantagem, com uma finalização de Jardel, à entrada da área “leonina”, aos 11 minutos.
Os “leões” Djô, Cardinal e Caio protagonizaram a resposta contrária, mas depararam-se sempre com a inspi-ração do guarda-redes “azul”, enquanto o Belenenses, em contra-ataque, ainda enviou uma bola ao poste da baliza “verde e branca”, por David, aos 14 minutos.
Na segunda parte, apesar do primeiro susto causado por Vinícius, que obrigou João Benedito a uma intervenção complicada, o Sporting chegou à igualdade, com um golo de Divanei, aos 22 minutos, com um toque de calcanhar.
O Belenenses não desarmou, e David, assistido por Zé Maria, rematou ao poste da baliza dos “leões”, pouco depois de estes terem ficaram privados de Cardinal. O pivô do Sporting saiu lesionado, devido a uma entrada impetuosa de Marcão, e acabou por ser transportado para uma unidade hospitalar.
A meio da segunda parte, e em apenas três minutos, o Sporting praticamente resolveu a partida, com os golos de Alex, aos 32, aproveitando uma perda de bola do guarda-redes “azul” no meio campo, de Marcelinho, no minuto seguinte, e de Caio, aos 35.
A dois minutos do final, Divanei voltou a marcar para os “leões”, na marcação de um livre de 10 metros, confirmando a goleada, que seria amenizada, novamente por Danilo.
Com este triunfo, o Sporting igualou o Benfica em número de vitórias na Supertaça, com quatro, enquanto o Belenenses, que conquistou a última edição da Taça de Portugal, nunca venceu este troféu.
No final, os treinadores do Spor-ting e do Belenenses concordaram que o triunfo dos “leões” foi justa.
“Fomos nitidamente superiores, merecemos ganhar a Supertaça por aquilo que fizemos, porque fomos melhores”, afirmou Orlando Duarte.
Nove anos depois de ter saído do comando técnico “leonino” como campeão português, regressou vitorioso: “No ano seguinte não pude disputar a Supertaça, portanto estava em dívida e cumpri agora com o meu desejo, nove anos depois”.
Apesar do resultado dilatado, Orlando Duarte identificou um “ligeiro problema” na formação do Sporting, que acabou por ser resolvido ao intervalo.
“Apelidam a nossa equipa de ‘super-equipa’ e os nossos jogadores acreditaram em demasia na primeira parte que os nossos colegas faziam sempre tudo e não era necessário forçar tanto. Ao intervalo, rectificamos, penso que a tempo”, afirmou o técnico dos “leões”.
Cardinal, que foi transportado ao hospital de Torres Novas durante o jogo, regressou ao pavilhão desportivo municipal do Entroncamento após a entrega do troféu. “Vai ter de voltar ao hospital, para fazer novo exame, mas, à partida, esperamos que não seja nada de grave”, frisou Orlando Duarte, admitindo que o jogador tinha perdido os sentidos durante a partida.
Também o treinador do Belenenses, que lamentou “algumas limitações” devido ao atraso na obtenção de certificados de alguns jogadores, afirmou que o “Sporting acabou por ser um justo vencedor”, apesar de considerar que “o resultado acabou por ser um pouco pesado, face ao desenrolar do jogo”.
“Foi um jogo equilibrado, mas, com estas limitações, sabíamos que com o decorrer do tempo as coisas iam ser dificultadas pela capacidade física que os meus jogadores não iam tendo”, admitiu Alípio Matos, lamentando a falta de “opções para refrescar a equipa”.
Para o treinador dos “azuis”, a lesão de Cardinal no choque com Mar-cão acabou por perturbar o guarda-redes. “Claro, o Marcão ficou a chorar, preocupado e poderá, eventualmente, ter afectado. Isso não serve de desculpa, mas, a partir daí, aconteceram mais erros do que é habitual”, sublinhou Alípio Matos.