Com a dinamização de um caminho específico, os romeiros afastar-se-iam das estradas mais perigosas e os turistas poderiam usufruir daquele trilho temático, que, segundo Vítor Ambrósio, seria um caso único nos Açores. Este trilho poderia ser feito pelos turistas durante todo o ano, excepto na altura das romarias, admitindo ainda o estudo a criação do ‘menu do peregrino’ pela restauração localizada ao longo do caminho, assim como o alojamento dos turistas em casas de turismo em espaço rural para quem opte por não regressar ao fim do dia ao hotel.
O ‘Caminho dos Romeiros’ é uma das propostas do estudo ‘Turismo Religioso nos Açores: Caso de S.Miguel’, apresentado pelo Observatório Regional do Turismo (ORT), num trabalho elaborado pelo Centro de Estudos de Turismo da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril. Para o presidente do ORT, Carlos Santos, o trilho poderá ser aproveitado durante todo o ano, sem interferir com a realização do movimento religioso dos romeiros, permitindo ter um produto turístico diferenciado. “Seria benéfico poder criar este trilho temático como um elemento diferenciador e que poderá servir de cartaz turístico”, defendeu.
O estudo aponta também para a necessidade de apostar no aumento do tempo de permanência dos visitantes em S. Miguel a pretexto das festas religiosas, nomeadamente por altura do Santo Cristo dos Milagres, nomeadamente através de uma maior promoção daquelas festividades junto das companhias de cruzeiros.