A empresa produtora do Licor Beirão vai criar um museu onde serão exibidos os materiais de marketing utilizados ao longo de 70 anos, que a tornaram pioneira em várias formas de fazer publicidade. A criar este ano, ou em 2011, nas instalações da empresa na Quinta do Meiral, na Lousã, pretende também ser uma homenagem ao fundador da empresa, José Carranca Redondo, que nos anos 40, em plena II Guerra Mundial, ao comprar a fórmula secreta de produzir “O Licor de Portugal”, pediu um empréstimo para o publicitar em todo o país.
Assim torna-se pioneiro na colocação de milhares de “outdoors” ao longo das estradas, de norte a sul do país, a publicitar o Licor Beirão, e de seguida cria uma empresa vocacionada para prestar esses serviços a terceiros.
O placard com a tabuleta “Licor Beirão” com um pássaro pousado e a serra da Lousã ao fundo transforma-se num ícone da empresa. Nessa estratégia publicitária é também audaz a procurar a polémica, como naquele em que faz uma alusão subliminar a Salazar, com o dístico “O Beirão de quem todos gostam”.
Mas um outro ficou célebre nos anos 50 pelo atentado aos costumes, onde uma dengosa ‘pin-up’ de vermelho, de barriga e pernas desnudadas, chama à atenção para o slogan “É de bom gosto servi-Lo, é de bom gosto bebe-lo…”.
Em 1955 utiliza o ciclismo para fazer publicidade ao “Licor Beirão, e torna-se na primeira empresa da região a utilizar a televisão como veículo publicitário. De acordo com o filho, os primeiros porta-guardanapos que se fizeram em Portugal foram a publicitar o Licor Beirão, e de um dos modelos produziram-se 100 mil. “Já na década de 40-50 se enviavam todas as semanas 3 a 5 mil circulares pelos correios, com os endereços todos escritos à mão”, conta.
Outros materiais publicitários que produziu foram réguas em madeira que personalizava profissionalmente e enviava, com frases como: “Que licor porreiro senhor engenheiro”, “A todos o primeiro senhor conselheiro” ou “Que licor senhor corregedor”.
No museu alusivo à publicidade ao Licor Beirão ficará patente esse extenso acervo material, que será complementado com suportes multimédia, onde serão postas em realce as estratégias de divulgação e os suportes utilizados.
“Penso que será um museu com muito interesse para todas as pessoas que estejam ligadas à publicidade e ao marketing. Estamos a recuperar todo o espólio”, sublinha José Redondo, frisando que a sua unidade em 2005, ano em que faleceu o pai, recebeu o “prémio empresa com maior eficácia na publicidade do século XX”.
Na sua perspectiva, tratou-se de um reconhecimento ao mérito do trabalho que o seu pai desenvolveu nos últimos 60 anos do século XX.
Assim torna-se pioneiro na colocação de milhares de “outdoors” ao longo das estradas, de norte a sul do país, a publicitar o Licor Beirão, e de seguida cria uma empresa vocacionada para prestar esses serviços a terceiros.
O placard com a tabuleta “Licor Beirão” com um pássaro pousado e a serra da Lousã ao fundo transforma-se num ícone da empresa. Nessa estratégia publicitária é também audaz a procurar a polémica, como naquele em que faz uma alusão subliminar a Salazar, com o dístico “O Beirão de quem todos gostam”.
Mas um outro ficou célebre nos anos 50 pelo atentado aos costumes, onde uma dengosa ‘pin-up’ de vermelho, de barriga e pernas desnudadas, chama à atenção para o slogan “É de bom gosto servi-Lo, é de bom gosto bebe-lo…”.
Em 1955 utiliza o ciclismo para fazer publicidade ao “Licor Beirão, e torna-se na primeira empresa da região a utilizar a televisão como veículo publicitário. De acordo com o filho, os primeiros porta-guardanapos que se fizeram em Portugal foram a publicitar o Licor Beirão, e de um dos modelos produziram-se 100 mil. “Já na década de 40-50 se enviavam todas as semanas 3 a 5 mil circulares pelos correios, com os endereços todos escritos à mão”, conta.
Outros materiais publicitários que produziu foram réguas em madeira que personalizava profissionalmente e enviava, com frases como: “Que licor porreiro senhor engenheiro”, “A todos o primeiro senhor conselheiro” ou “Que licor senhor corregedor”.
No museu alusivo à publicidade ao Licor Beirão ficará patente esse extenso acervo material, que será complementado com suportes multimédia, onde serão postas em realce as estratégias de divulgação e os suportes utilizados.
“Penso que será um museu com muito interesse para todas as pessoas que estejam ligadas à publicidade e ao marketing. Estamos a recuperar todo o espólio”, sublinha José Redondo, frisando que a sua unidade em 2005, ano em que faleceu o pai, recebeu o “prémio empresa com maior eficácia na publicidade do século XX”.
Na sua perspectiva, tratou-se de um reconhecimento ao mérito do trabalho que o seu pai desenvolveu nos últimos 60 anos do século XX.