Dinamarca: Professora portuguesa quer criar projecto de ensino da língua para adultos

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Maria Leonor Anderson Paiva tem um projecto ligado ao ensino da língua portuguesa na Dinamarca, mas o apoio têm-se revelado mais difícil.
Natural de Lisboa, a residir na Dinamarca há quase 25 anos, licenciada em Línguas e Literatura Modernas tem já uma longa experiência no ensino do português na Dinamarca, mas sempre direccionado para adultos, tanto a nível universitário, como para quadros de grandes empresas daquele país que desenvolvem negócios nos países lusófonos.
Agora, a professora portuguesa quer avançar com um curso de língua portuguesa, mas tendo como público alvo os portugueses que residem na Dinamarca há duas décadas ou mais e que já pouco se expressam na língua materna e ainda os cônjuges dinamarqueses “que não conseguem acompanhar uma conversa da mulher ou maridos portugueses com os filhos e sentem-se à parte”, explicou a O Emigrante/Mundo Português.
Maria Leonor revela como resultado dessa barreira linguística o pai ou a mãe de origem portuguesa deixa de falar na sua língua com os filhos e estes “acabam por desistir de falar português”. “No meu grupo de amigos, de casais mistos, os meus filhos são os únicos que falam a língua portuguesa”, sublinha a professora, casada com um dinamarquês.
Por esse motivo, a professora quer criar um curso de língua portuguesa, que gostaria de estabelecer no Centro de Estudos Africanos da Universidade de Aarhus, onde já leccionou. Um curso para o qual elaborou de raiz um método de ensino próprio. “Criei um método que inclui manuais, livros, cd’s e filmes. Pretendo dar ainda uma ênfase cultural para justificar o uso da nossa língua”, revela Maria Leonor que tem já vários interessados no curso.
“Falta-nos um local, uma sala de aulas”, explica. “Tínhamos alguma esperança de que a Embaixada de Portugal e o Instituto Camões (IC) nos apoiassem. Contactos o IC, mas percebo que prefiram apoiar com materiais didácticos”, refere ainda, acrescentando que está a “tentar encontrar uma solução através da Comuna de Copenhaga”.
Uma outra solução poderá passar pela criação de uma Casa da Cultura Portuguesa, com uma biblioteca, uma sala para aulas e até um café “onde se promovesse a gastronomia portuguesa, e ainda a música e a cultura nas suas variadas vertentes”, refere. Um projecto mais difícil de concretizar e que «obrigaria» à participação da comunidade portuguesa. Para já, Maria Leonor mantém os contactos com a Comuna e tem esperança de obter uma resposta positiva “depois do Verão”.
Ana Grácio Pinto
apinto@mundoportugues.org

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