Uma equipa de investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto assina um artigo na edição de 6 de Maio da prestigiada revista «Science, no qual é descrito o processo que controla a espessura da bainha que envolve as fibras nervosas do cérebro.
O trabalho explica como tal é importante para uma eficaz condução da informação nervosa e pode abrir caminho ao desenvolvimento de terapias para doenças neurodegenerativas como a esclerose múltipla e a doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT).
O artigo descreve os factores que controlam a formação das bainhas de mielina que rodeiam as fibras nervosas, e como eles interagem para regular fisiologicamente a sua espessura. Na prática, procura-se compreender como evitar o aumento ou redução excessivos dessas fibras, causa de grande parte dos sintomas associados às doenças neurodegenerativas.
A condução da informação nervosa, sob a forma de impulso eléctrico, é feita através de fibras nervosas constituídas por axónios (prolongamentos maiores do neurónios), envolvidos em bainhas de mielina que facilitam a propagação dos impulsos.
Nesse processo, a bainha “é fundamental para que o impulso eléctrico não se dissipe, tal como o plástico que reveste os cabos eléctricos”, afirma João Relvas um dos investigadores da equipa. Doenças como a esclerose múltipla, talvez a mais conhecida, estão relacionadas com alterações na bainha de mielina no sistema nervoso central. No caso desta doença, a redução da bainha leva à perda de função dos axónios com consequente fraqueza muscular e descoordenação motora.
Outras patologias, como é o caso de algumas variantes da Doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT), no sistema nervoso periférico, “resultam do processo inverso, no qual a bainha de mielina tem espessura aumentada, induzindo modificações na função dos neurónios e mesmo provocando a morte destes”, explica Relvas. Os sintomas resultantes são alterações do movimento e, em alguns doentes, dificuldades de locomoção e até mesmo paralisia. O trabalho agora publicado inclui-se num conjunto de publicações que as equipas envolvidas estão a preparar com o objectivo de compreender os processos de desmielinização e de remielinização.
Processos que, apesar de estarem na base de inúmeras doenças neurodegenerativas, são ainda pouco conhecidos.
O trabalho explica como tal é importante para uma eficaz condução da informação nervosa e pode abrir caminho ao desenvolvimento de terapias para doenças neurodegenerativas como a esclerose múltipla e a doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT).
O artigo descreve os factores que controlam a formação das bainhas de mielina que rodeiam as fibras nervosas, e como eles interagem para regular fisiologicamente a sua espessura. Na prática, procura-se compreender como evitar o aumento ou redução excessivos dessas fibras, causa de grande parte dos sintomas associados às doenças neurodegenerativas.
A condução da informação nervosa, sob a forma de impulso eléctrico, é feita através de fibras nervosas constituídas por axónios (prolongamentos maiores do neurónios), envolvidos em bainhas de mielina que facilitam a propagação dos impulsos.
Nesse processo, a bainha “é fundamental para que o impulso eléctrico não se dissipe, tal como o plástico que reveste os cabos eléctricos”, afirma João Relvas um dos investigadores da equipa. Doenças como a esclerose múltipla, talvez a mais conhecida, estão relacionadas com alterações na bainha de mielina no sistema nervoso central. No caso desta doença, a redução da bainha leva à perda de função dos axónios com consequente fraqueza muscular e descoordenação motora.
Outras patologias, como é o caso de algumas variantes da Doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT), no sistema nervoso periférico, “resultam do processo inverso, no qual a bainha de mielina tem espessura aumentada, induzindo modificações na função dos neurónios e mesmo provocando a morte destes”, explica Relvas. Os sintomas resultantes são alterações do movimento e, em alguns doentes, dificuldades de locomoção e até mesmo paralisia. O trabalho agora publicado inclui-se num conjunto de publicações que as equipas envolvidas estão a preparar com o objectivo de compreender os processos de desmielinização e de remielinização.
Processos que, apesar de estarem na base de inúmeras doenças neurodegenerativas, são ainda pouco conhecidos.