Cerca de 1200 autocarros com 35 mil peregrinos de Itália são esperados dia 12 em Fátima, anunciou hoje o comandante territorial de Santarém da GNR, na conferência de imprensa de apresentação da operação de recepção do papa.
Vítor Lucas explicou que a Sociedade de Reabilitação Urbana de Fátima e a Câmara Municipal foram notificadas na semana passada para a participação deste grupo nas celebrações, admitindo que se trata de uma “preocupação acrescida” pois são “18 quilómetros de autocarros”.
Segundo o responsável, a viagem desta organização está a ser coordenada pela autarquia, estando previsto que os autocarros fiquem estacionados na localidade de Giesteira, no local onde um particular começou a construir uma pista para a aviação civil com vista à criação de um aeródromo.
O comandante das operações da GNR em Fátima esclareceu que a autarquia, através de mini autocarros, fará depois o transporte dessas pessoas até à Cova da Iria, apelando aos peregrinos que cheguem a Fátima “o mais cedo possível”.
Vítor Lucas chamou ainda a atenção para a existência de percursos alternativos em direcção a Fátima e para a existência de itinerários interditos devido à passagem de Bento XVI na cidade. Por outro lado, salientou que a operação da GNR, designada «Fénix», vai poder ser acompanhada nas redes sociais, no twitter (http://twitter.com/opfenix2010) e no facebook (http://gnrfatima.pt.vu).
“Vivemos numa época diferente e é um modelo diferente de comunicação”, observou o responsável, citado pela Lusa, explicando que se trata de uma forma de partilhar a informação e de ajudar e facilitar as pessoas que se deslocam a Fátima.
O responsável acrescentou que está prevista a distribuição de 50 mil folhetos de boas vindas aos peregrinos com o programa das cerimónias e informações sobre a localização dos parques de estacionamento e dos locais de socorro, assim como de contactos úteis.
Questionado sobre a eventualidade de ocorrerem manifestações no decurso da peregrinação do papa, o responsável recordou que o santuário é um espaço privado, mas de acesso público, onde as pessoas têm liberdade de culto. “Se estiverem a ser importunadas é um crime. De acordo com a lei, a GNR tem de actuar”, disse, explicando que a Câmara de Ourém já informou que não vai autorizar manifestações.