Vai ser criado o Museu do capitão de Abril “Salgueiro Maia”

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O município de Castelo de Vide vai construir um museu dedicado ao capitão Salgueiro Maia, num espaço situado a poucos metros da casa onde nasceu o militar em 1944, que está à venda há cerca de dois anos…

“Salgueiro Maia pouco antes de falecer (1992) deixou o seu espólio militar ao município. Nós já temos uma casa e um ante-projecto para vir a construir um museu”, revelou o vice-presidente do município local, António Pita, em declarações à agência Lusa.

Enquanto a autarquia reúne esforços para expor o espólio de Salgueiro Maia, líder da revolução no dia 25 de abril de 1974, num solar setecentista, adquirido em 1997 por 28 mil contos (140 mil euros), a casa onde nasceu o capitão de Abril, situada na Rua de Santo Amaro, em pleno centro histórico daquela vila alentejana, está à venda há cerca de dois anos por 50 mil euros.

Em declarações à Agência Lusa, Cláudia Salgueiro Dias, prima do capitão de Abril e proprietária do imóvel, disse que gostaria de ver aquele espaço aproveitado para algo que relembrasse a memória do seu familiar.

“Nós gostaríamos que a casa não fosse adquirida por um particular porque ficaria perdida…sentimos que esta casa é de todos nós comunidade e gostaríamos de ver este imóvel aproveitado para algo que falasse sobre o Fernando Salgueiro Maia”, disse.

Na opinião de Cláudia Salgueiro Dias, a casa poderia ser utilizada para um “museu” ou para um espaço para “fotografias”.

A moradia, que se encontra à venda num portal de uma imobiliária, é constituída por um rés-do-chão, primeiro e segundo andares, com três entradas independentes.

Embora necessite de obras de recuperação, Cláudia Salgueiro Dias mostrou-se ainda disponível para “ceder o espaço”, através de um “contrato que servisse para projectar a figura de Salgueiro Maia. Por sua vez, o vice-presidente do município assegurou que a autarquia não coloca de parte a possibilidade de adquirir o imóvel, mas sublinha que o Ministério da Cultura deverá também ser ouvido sobre esta matéria, uma vez que o capitão de Abril “é um filho ilustre de todo país e com expressão nacional”. Com o espólio de Salgueiro Maia totalmente catalogado, inventariado e legalizado, o município tem desenvolvido vários “esforços” para erguer o museu, mas a falta de verbas tem condicionado a realização do projecto. O autarca explicou que o município já investiu “bastante dinheiro” em estudos para a construção do museu no solar setecentista e sublinhou ainda que a transferência do museu para a casa onde nasceu Salgueiro Maia está, à partida, fora de questão.

“A casa onde nasceu Salgueiro Maia não tem a dignidade, nem espaço suficiente para albergar o seu acervo. Mais do que um museu dedicado a Salgueiro Maia e ao 25 de Abril, o museu que temos em mente é um museu da cidadania e isso implica um conjunto de espaços com actividades lúdicas”, explicou.

“A casa onde nasceu Salgueiro Maia não comportaria todas essas valência”, concluiu.

 

 

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