Passos Coelho: O novo líder laranja

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Pedro Passos Coelho é o novo líder do PSD ao conseguir mais de sessenta por cento dos votos numas eleições disputadas com Paulo Rangel, Aguiar-Branco e Castanheira Barros. Na hora da vitória, Passos Coelho apelou
à unidade do partido na luta contra o governo de José Sócrates.

No total votaram 51748 militantes num total de 78094 que podiam exercer o seu direito de voto nas eleições directas do passado dia 26 de Março. Pedro Passos Coelho obteve uma vitória estrondosa com 61,20% dos votos contra 34,44& de Paulo Rangel, 3,42 de Aguiar Branco e 0,27 de Castanheira Barros.
O novo líder do PSD superou os outros três candidatos à presidência do partido em todas as distritais, nos Açores e no círculo da Europa e de fora da Europa, tendo sido derrotado por Paulo Rangel apenas na Madeira.
Na hora da vitória, Pedro Passos Coelho, disse contar com os seus adversários Aguiar-Branco e Paulo Rangel para os órgãos nacionais do partido, apontando a unidade interna como a sua primeira preocupação. “A minha primeira preocupação vai ser a de unir o PSD e estou convencido de que os resultados inequívocos que estão patentes permitirão com certeza – de acordo, de resto, com as declarações que fizeram quer o doutor Paulo Rangel, quer o doutor José Pedro Aguiar-Branco – fazer um caminho de unidade e de coesão interna no PSD”, declarou.
Passos Coelho atacou o governo actual de Portugal mas referiu que não pretende abrir crises políticas desnecessárias mas não andará com o Governo ao colo nem votará contra as suas ideias. “Contarão, o PS e o Governo, com um PSD determinado, apostado em não abrir crises políticas, de que o país não precisa, mas um partido também que não andará com certeza – como tenho dito várias vezes – com o Governo ao colo e que não votará nem suportará aquilo com que não concorda”, disse. “Estamos disponíveis para ajudar Portugal a encontrar um caminho melhor e estamos, portanto, disponíveis para ajudar o Governo a vencer as dificuldades grandes em que o país se encontra. Mas vamos fazê-lo com as nossas ideias, com o nosso projecto para Portugal. Não podemos ser mais leais e determinados”, acrescentou
Com a vitória de Passos Coelho, o 18.º líder do PSD, Manuela Ferreira Leite terá o seu retrato colocado ao lado dos outros presidentes da Comissão Política Nacional social-democrata. Já têm o seu retrato na galeria da sede nacional do PSD Francisco Sá Carneiro, Emídio Guerreiro, António Sousa Franco, José Menéres Pimentel, Leonardo Ribeiro de Almeida, Francisco Pinto Balsemão, Nuno Rodrigues dos Santos, Carlos Mota Pinto, Rui Machete, Aníbal Cavaco Silva, Fernando Nogueira, Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso, Pedro Santana Lopes, Luís Marques Mendes e Luís Filipe Menezes.

PSD e as comunidades

Na Europa e Fora da Europa também se votou para estas eleições com Passos Coelho a vencer com grande à vontade. Se na Europa o novo líder conquistou 105 votos contra 72 de Paulo Rangel (num total de 192 votantes), já Fora da Europa a vitória foi ainda mais retumbante: 302 votos (muito por culpa de São Paulo e Rio de Janeiro) contra apenas 80 de Paulo Rangel, o seu principal opositor.
Carlos Gonçalves, deputado social-democrata eleito pelo círculo da Europa, reagiu à eleição de Passos Coelho com confiança na sensibilidade do novo líder face aos portugueses residentes no estrangeiro.
Carlos Gonçalves, que apoiou Passos Coelho nestas eleições partido, referiu em declarações à agência Lusa, que Passos Coelho “é alguém sensível a esta área”.  “Além disso, na sua equipa tem um conjunto de pessoas que já no passado demonstraram como vêem as comunidades portuguesas”, vincou, falando de Miguel Relvas e do antigo secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.  Para o deputado “estão reunidas condições para que o PSD continue a ser o grande partido das comunidades e com este presidente acredito que podemos dar um passo ainda maior”.

Unidade do partido

O principal opositor de Passos Coelho, o eurodeputado Paulo Rangel reagiu serenamente, prometendo uma “atitude de lealdade” e de colaboração com o “grande projecto social democrata”. No mesmo tom, Aguiar-Branco apelou à união em torno do partido e do seu novo líder, garantindo que “a campanha acaba aqui, a campanha acaba hoje”. Também o quarto candidato, Castanheira Barros, felicitou Passos Coelho pela sua vitória, sublinhando que este será “o seu presidente”.

Ana Rita Almeida
ralmeida@mundoportugues.org

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