O linguista português Malaca Casteleiro acredita que no prazo máximo de dois anos, todos os países de língua oficial portuguesa já terão aplicado o acordo ortográfico. “Estou convicto que no prazo máximo de dois anos o Acordo estará implementado em todos os países”, garantiu à Lusa o professor universitário e membro da Academia das Ciências de Lisboa (ACL).
Malaca Casteleiro participou na conferência internacional sobre o futuro da língua portuguesa, que decorreu em Brasília na última semana de Março.
Em declarações à Lusa, o presidente do Instituto de Lexicologia e Lexicografia da ACL defendeu a criação de um alto comissariado junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesas (CPLP) para se ocupar dos “problemas comuns” da língua. “Nós precisávamos ter um organismo que zelasse por uma política comum da língua portuguesa. O IILP (Instituto Internacional da Língua Portuguesa) não tem desenvolvido seu trabalho por falta de recursos e projectos”, criticou.
Para fortalecer a lusofonia e promover o idioma em todos os países e em organismos internacionais, Malaca Casteleiro considerou que é possível elaborar um vocabulário ortográfico comum. “O vocabulário ortográfico deveria ter sido elaborado antes, estamos atrasados. Mas agora, como já surgiram vários, creio que seria até mais fácil unificar”, argumentou o gramático português.
Um vocabulário ortográfico comum, segundo ele, registaria as divergências existentes no domínio da lusofonia, como por exemplo palavras com acento agudo na norma luso-afro-asiática mas que são grafadas com circunflexo na norma brasileira. Assim, seria aceite a dupla grafia.
Casteleiro lembrou que o acordo ortográfico remonta a 1911, quando Portugal fez uma “reforma profunda com imensas substituições”. “O facto de não ter feito uma reforma comum em 1911 com o Brasil, fez arrastar a questão pelo século 20”, disse. No Brasil, o novo acordo ortográfico entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2009, enquanto em Portugal, as normas deverão vigorar no ano lectivo de 2011/2012.
“Lamento que Portugal tenha perdido este barco e não tenha sido capaz, com o Brasil, (…) de fazer entrar em vigor o novo acordo ortográfico. Isso tinha sido prometido pelo nosso primeiro-ministro numa cimeira em Setembro de 2008, no Brasil. O Brasil cumpriu e Portugal não”, destacou.
Grande defensor da implantação da nova grafia, o linguista português admite que “não há nenhum acordo perfeito, e este não é perfeito”, mas sublinha que a sua implementação é “inevitável”. “Mesmo com críticas não temos outra alternativa. Regredir é impossível, não se pode voltar atrás”, destacou.
Malaca Casteleiro participou na conferência internacional sobre o futuro da língua portuguesa, que decorreu em Brasília na última semana de Março.
Em declarações à Lusa, o presidente do Instituto de Lexicologia e Lexicografia da ACL defendeu a criação de um alto comissariado junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesas (CPLP) para se ocupar dos “problemas comuns” da língua. “Nós precisávamos ter um organismo que zelasse por uma política comum da língua portuguesa. O IILP (Instituto Internacional da Língua Portuguesa) não tem desenvolvido seu trabalho por falta de recursos e projectos”, criticou.
Para fortalecer a lusofonia e promover o idioma em todos os países e em organismos internacionais, Malaca Casteleiro considerou que é possível elaborar um vocabulário ortográfico comum. “O vocabulário ortográfico deveria ter sido elaborado antes, estamos atrasados. Mas agora, como já surgiram vários, creio que seria até mais fácil unificar”, argumentou o gramático português.
Um vocabulário ortográfico comum, segundo ele, registaria as divergências existentes no domínio da lusofonia, como por exemplo palavras com acento agudo na norma luso-afro-asiática mas que são grafadas com circunflexo na norma brasileira. Assim, seria aceite a dupla grafia.
Casteleiro lembrou que o acordo ortográfico remonta a 1911, quando Portugal fez uma “reforma profunda com imensas substituições”. “O facto de não ter feito uma reforma comum em 1911 com o Brasil, fez arrastar a questão pelo século 20”, disse. No Brasil, o novo acordo ortográfico entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2009, enquanto em Portugal, as normas deverão vigorar no ano lectivo de 2011/2012.
“Lamento que Portugal tenha perdido este barco e não tenha sido capaz, com o Brasil, (…) de fazer entrar em vigor o novo acordo ortográfico. Isso tinha sido prometido pelo nosso primeiro-ministro numa cimeira em Setembro de 2008, no Brasil. O Brasil cumpriu e Portugal não”, destacou.
Grande defensor da implantação da nova grafia, o linguista português admite que “não há nenhum acordo perfeito, e este não é perfeito”, mas sublinha que a sua implementação é “inevitável”. “Mesmo com críticas não temos outra alternativa. Regredir é impossível, não se pode voltar atrás”, destacou.