Hermínio Loureiro apresentou o pedido de renúncia à presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, na sequência da decisão do Conselho de Justiça da Federação de reduzir os castigos aos futebolistas do FC Porto Hulk e Sapunaru.
“Apresentei ao senhor presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga a minha renúncia ao mandato de presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional”, disse Hermínio Loureiro à agência Lusa.
A decisão do Conselho de Justiça da FPF está na base da decisão de Hermínio Loureiro, que considera ter “implicações que ultrapassam a justiça desportiva”.
“Sem prejuízo de considerar que a justiça desportiva está a funcionar nos órgãos próprios, entendo que o facto de o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol ter hoje dado, em parte, provimento aos recursos dos jogadores da FC Porto, Futebol SAD, Hulk e Sapunaru, tem implicações que ultrapassam a justiça desportiva”.
O agora demissionário presidente da Liga assume ainda que a disparidade de interpretações” entre a Comissão Disciplinar e o Conselho de Justiça prejudica a Liga: “Com o natural e absoluto respeito pela última instância, prejudicou de forma séria o normal funcionamento da instituição a que presido”.
Hermínio Loureiro apelou ainda a que todos os órgãos da Liga se mantenham em funções, “garantindo o normal funcionamento das competições”, ao mesmo tempo que recordou o facto de todos os órgãos terem beneficiado de uma “autonomia sem precedentes”.
Hermínio Loureiro terminava o mandato de quatro anos na presidência da Liga em maio e já tinha anunciado há alguns meses que não se recandidatava nas eleições previstas para logo após o final do campeonato.
Presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis desde outubro, eleito pelo PSD, Hermínio Loureiro foi secretário de Estado do desporto no governo de Durão Barroso.