A Caldeira Guilherme Moniz, onde é captada a maior parte da água que abastece a ilha Terceira, nos Açores, está sob medidas de protecção para salvar os aquíferos, o que a tornará quase intocável durante dois anos.
As medidas decididas pelo governo e aprovadas esta semana pelo parlamento regional pretendem salvaguardar a retenção de água nos aquíferos da maior caldeira dos Açores, uma cratera de um antigo vulcão com quatro quilómetros de comprimento e 2,5 de largura. Para o botânico açoriano Eduardo Dias, a solução deve passar pela “multi-funcionalidade” da caldeira, considerando “fundamental a reflorestação das zonas altas, nomeadamente com turfeiras e plantio de árvores, para captar nevoeiro e água, bem como evitar a erosão dos terrenos”. Eduardo Dias, em declarações à Lusa, defendeu ainda que a silvo-pastorícia “é a actividade económica desejável” para aquela zona.
O governo açoriano pretende com as medidas agora decididas criar condições para a recomposição das antigas turfeiras, o que permitirá aumentar a retenção da água a longo prazo. Assim, nos próximos dois anos é proibida a construção de edifícios e a limpeza de terrenos para criação de pastagens (arroteamento), sendo também interdito o derrube de árvores em maciço, a abertura de novas vias ou a extracção de inertes. Nos dois últimos anos o concelho de Angra do Heroísmo foi afectado pela falta de água, para consumo público e para as explorações agrícolas, o que foi atribuído a uma diminuição acentuada na água disponível para distribuição.
Um dos maiores especialistas nacionais em recursos hídricos, Lopo Mendonça, considerou que o problema resultou da conjugação da fraca pluviosidade com os arroteamentos de terras das nascentes de água, que frisou ser “uma prática indesejável e prejudicial ao regime de águas”. Para Eduardo Dias, que dirige o Gabinete de Ecologia Vegetal e Aplicada (GEVA) da Universidade dos Açores, as medidas de emergência decididas pelo governo açoriano permitem ganhar “tempo para pensar e decidir”.
Nesse sentido, para evitar rupturas, defendeu a criação de um “plano de gestão do uso das terras sem prejuízo dos agricultores”, que terão que fazer um “uso menos intensivo das terras”, através de “incentivos à reflorestação”.
As medidas decididas pelo governo e aprovadas esta semana pelo parlamento regional pretendem salvaguardar a retenção de água nos aquíferos da maior caldeira dos Açores, uma cratera de um antigo vulcão com quatro quilómetros de comprimento e 2,5 de largura. Para o botânico açoriano Eduardo Dias, a solução deve passar pela “multi-funcionalidade” da caldeira, considerando “fundamental a reflorestação das zonas altas, nomeadamente com turfeiras e plantio de árvores, para captar nevoeiro e água, bem como evitar a erosão dos terrenos”. Eduardo Dias, em declarações à Lusa, defendeu ainda que a silvo-pastorícia “é a actividade económica desejável” para aquela zona.
O governo açoriano pretende com as medidas agora decididas criar condições para a recomposição das antigas turfeiras, o que permitirá aumentar a retenção da água a longo prazo. Assim, nos próximos dois anos é proibida a construção de edifícios e a limpeza de terrenos para criação de pastagens (arroteamento), sendo também interdito o derrube de árvores em maciço, a abertura de novas vias ou a extracção de inertes. Nos dois últimos anos o concelho de Angra do Heroísmo foi afectado pela falta de água, para consumo público e para as explorações agrícolas, o que foi atribuído a uma diminuição acentuada na água disponível para distribuição.
Um dos maiores especialistas nacionais em recursos hídricos, Lopo Mendonça, considerou que o problema resultou da conjugação da fraca pluviosidade com os arroteamentos de terras das nascentes de água, que frisou ser “uma prática indesejável e prejudicial ao regime de águas”. Para Eduardo Dias, que dirige o Gabinete de Ecologia Vegetal e Aplicada (GEVA) da Universidade dos Açores, as medidas de emergência decididas pelo governo açoriano permitem ganhar “tempo para pensar e decidir”.
Nesse sentido, para evitar rupturas, defendeu a criação de um “plano de gestão do uso das terras sem prejuízo dos agricultores”, que terão que fazer um “uso menos intensivo das terras”, através de “incentivos à reflorestação”.