Soube-se pela Comunicação Social que os portugueses radicados no estrangeiro enviaram no ano passado, ou seja em 2009 menos 215,66 milhões de euros para Portugal do que em 2008. Em 2008, o montante enviado para Portugal pelos emigrantes foi de cerca de 2485 milhões de euros, e que a maior queda de remessas verificou-se de França, embora este país continue a ser a principal fonte de remessas de emigrantes para Portugal. Em contrapartida a emigração não pára de aumentar. Cada vez se vê jovens com formação universitária a virem por esta Europa e a procurarem emprego, pois em Portugal as coisas não estão nada famosas. Estes dois sinais deveriam levar o governo a reflectir, se a emigração aumenta porque razão o envio de dinheiro não acompanha esse aumento. Todos sabemos que vivemos em época de crise, que a crise é mundial e que os jovens de hoje já não conseguem poupar aquilo que os emigrantes de outra geração poupavam. Os hábitos são outros, e com eles outras necessidades e já ninguém está para fazer sacrifícios, como seus pais e avós fizeram. Outros tempos!
E essa outra geração, aquela que hoje está reformada ou ás portas da reforma, poupou e poupa e por exemplo em França, há uns anos, resolveu aqui investir, o que foi o meu caso, por em Portugal os sinais que nos chegam não serem animadores. Senão vejamos. As nossas casas nos meios rurais, investimento que ajudou em muito a ascensão da construção civil, são assaltadas porque a segurança e policiamento se concentra nas cidades e deixa os meios rurais com falta de meios humanos, e os postos da GNR a fechar. Outro sinal é os bancos, e com tristes exemplos de dois bancos que só com a intervenção do governo vão pagar a quem investiu lá o dinheiro de uma vida. Falência de bancos pode acontecer em qualquer país, mas em Portugal a imagem que passa para o exterior não nos dá garantia a começar pelos políticos e pelo governo, com processos de corrupção, “faces ocultas” e tanta má imagem não ajudam a que se invista.
Ainda no sector do investimento em habitação em Portugal, como sabem as rendas, para quem investe em imobiliário, são baseadas em leis que nada encorajam aos donos a comprar e arrendar, para se construir é uma burocracia de todo o tamanho, licenças das Câmaras super caras. Bastaria as leis do arrenda,mento antigo serem mudadas e as rendas actualizadas se queriam ver o que era investir em casas, pois o dinheiro nos bancos pode “evaporar-se” mas as casas só uma desgraça a pode fazer ruir. Porém nós como portugueses, que após o 25 de Abril ajudámos em muito, e isso foi reconhecido, com as nossas remessas que Portugal não caísse na banca rota, com as tragédias, hoje a assolar a Madeira, deveremos num apelo de patriotismo continuar a investir no nosso país, e que mesmo não conseguindo poupar o que se poupava, em vez de depositar o dinheiro nos bancos estrangeiros, deveremos depositar o mesmo em instituições sólidas e credíveis que hoje estão junto de nós, pois se não formos nos a ajudar Portugal, quem o virá a fazer? Daí o meu apelo para que não nos esquecemos do nosso país e como noutros tempos vamos ajudar o mesmo, mostrando a força dos mais de quatro milhões de portugueses que trabalham e residem fora do seu país!