A recolha do lixo, a saúde e as alfândegas são as áreas em que a paralisação da Função Pública mais se tem sentido, afirmou a coordenadora da Frente Comum, um dos sindicatos que convocaram a greve de hoje.
Em declarações à Lusa, Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública, sublinhou que nos sectores que funcionam 24 horas se registou uma "grande adesão".
Na alfândega do Porto, a adesão dos trabalhadores chegou aos 100 por cento e, embora tenha sido inferior em Lisboa, a dirigente sindical acredita que vai aumentar durante o dia de hoje.
A participação elevada tem sido sentida também nos serviços de recolha do lixo das autarquias, com valores globais perto dos 100 por cento para os primeiros turnos, que se iniciaram na quarta feira à noite, e na saúde, com valores de adesão dos trabalhadores entre os 60 e os 100 por cento.
Neste sector, a Frente Comum lamentou a ocorrência de alguns entraves à entrada dos piquetes de greve nos hospitais de S. José e de S. Francisco Xavier, em Lisboa, "dois hospitais que nunca tiveram problemas" semelhantes em paralisações anteriores.
"Desde ontem à noite que sentimos uma grande adesão" e "confirma-se" que foram "justos" os "objectivos da greve", frisou a sindicalista.
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), a Frente Sindical da Administração Pública (UGT) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado marcaram esta greve contra o congelamento salarial, o agravamento das penalizações das reformas antecipadas, questões relacionadas com as carreiras e com o sistema de avaliação.
Os sindicatos suspenderam a paralisação na região autónoma da Madeira para facilitar os esforços que estão a ser feitos para que a vida na ilha volte à normalidade, após o temporal de 20 de Fevereiro.
A última greve convocada pelas três estruturas sindicais realizou-se a 30 de Novembro de 2007 contra a imposição de um aumento salarial de 2,1 por cento.