Rio de Janeiro, Brasil, 01 Jan (Lusa) – A secretaria de Estado das Comunidades revelou hoje que, até às 19:00, não havia registo de portugueses entre as vítimas das tempestades ocorridas no estado do Rio de Janeiro (Brasil), que já provocaram 41 mortos.
“Não temos dados sobre o número de portugueses que lá estão. A única coisa que sabemos é que não há portugueses entre as vítimas até ao momento”, disse à Lusa fonte da secretaria de Estado.
Só na área de Angra dos Reis, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, os deslizamentos de terra já mataram 21 pessoas, o que eleva para 41 o total de mortes causadas pelas tempestades.
Há informações de que só no deslizamento que atingiu uma pousada na Ilha Grande, na região de Angra, 15 pessoas morreram, acrescentando-se outras sete, que morreram soterradas em casas atingidas no Morro da Carioca, na região central daquela cidade.
Pelo menos, 30 pessoas ainda estão desaparecidas e as autoridades temem que o número de vítimas possa ainda aumentar em Angra.
Estima-se que 40 pessoas estivessem hospedadas na pousada no momento do soterramento, que ocorreu durante a madrugada do dia 31 para o dia 1 de Janeiro.
Dos 15 corpos resgatados até à tarde de hoje, 10 foram localizados em terra e outros 5 no mar.
Mais de 80 bombeiros foram mobilizados para actuar no resgate. As autoridades do governo do estado do Rio estão a acompanhar de perto as buscas por sobreviventes em Angra.
Na sequência das fortes chuvas que atingem o Rio de Janeiro desde quarta-feira, já morreram, no total, 41 pessoas.
Em Angra foi decretado o estado de emergência. As autoridades estão a realizar vistorias nas áreas atingidas pelas chuvas para decidir se será decretado o estado de calamidade pública.
O presidente Lula da Silva telefonou hoje à tarde ao governador do Rio, Sérgio Cabral, para oferecer ajuda às vítimas de Angra dos Reis, localizada na região da Costa Verde do Rio.
Segundo noticia a imprensa brasileira, Lula da Silva ofereceu ajuda da Marinha nas buscas e a Polícia Federal também dará suporte à operação na região.
Os trabalhos de resgate devem estender-se durante a noite e os estaleiros deverão dar apoio com o envio de equipamentos para ajudar na retirada de grandes pedras e árvores que deslizaram.