Paulo Pisco, pela Europa, e Renato Leal, por Fora da Europa, encabeçam as listas socialistas nos círculos da emigração, que incluem ainda candidatos da França, Alemanha, Suíça, Brasil, Macau e Venezuela.
Paulo Pisco, 48 anos, graduado em Estudos Europeus na Universidade Livre de Bruxelas, é director do Departamento Internacional e de Comunidades do Partido Socialista (PS).
Em 1999, foi eleito deputado pelo círculo da Europa na primeira e única eleição em que o Partido Socialista conquistou três dos quatro lugares de deputado nos círculos da emigração, tradicionalmente partilhados entre socialistas e social-democratas.
Paulo Pisco foi o 115.º deputado eleito pelo PS, então liderado por António Guterres, que ficou assim com o mesmo número de deputados que o conjunto dos partidos da oposição.
Segue-se Lurdes Rodrigues, residente em Paris e actualmente a desempenhar funções na missão da OCDE.
Aos lugares de suplentes, candidatam-se a socióloga Dora Mourinho, da Alemanha, e o dirigente sindical residente na Suíça Carlos Ferreira.
A lista do PS pelo Círculo Fora da Europa é encabeçada pelo actual deputado eleito pelos Açores, Renato Leal, 56 anos, professor reformado.
Deputado à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores entre 1998 e 2005, Renato Leal foi ainda presidente da Câmara Municipal da Horta.
O empresário e membro do Conselho das Comunidades em Santos, Brasil, José Duarte ocupa o segundo lugar da lista por fora da Europa, onde os socialistas nunca conseguiram eleger dois deputados.
Aos lugares de suplentes concorrem Maria das Dores Faria, que reside na Venezuela, e o jornalista José Rocha Diniz, de Macau.
Paulo Pisco, que coordenou a escolha dos candidatos nos círculos da Emigração, disse à Agência Lusa que a elaboração das listas teve em conta "a representatividade dos países e das secções do PS no estrangeiro em termos eleitorais e a necessidade de uma boa cobertura e abrangência em termos geográficos no que respeita à localização das comunidades portuguesas".
O responsável socialista adiantou que, durante a campanha, os candidatos irão colocar a tónica na acção "reformista" do Governo em termos nacionais e das comunidades, apoiados num programa eleitoral que, segundo afirmou, "pretende dar uma nova dimensão às políticas para as comunidades portuguesas, valorizando mais a sua estrutura governativa".
As eleições legislativas realizam-se a 27 de Setembro.