As autoridades de Saúde britânicas estão a avisar as mulheres grávidas para evitarem frequentar multidões e viajar para não serem contagiadas com gripe A, mas a associação de médicos de família já considerou este conselho exagerado.
Nos novos conselhos divulgados hoje pelo Serviço Nacional de Saúde é alertado para o risco mais elevado de as mulheres grávidas serem contagiadas com gripe A porque “são mais susceptíveis a todo o tipo de infecções” devido à fragilidade do sistema imunitário durante a gravidez.
Por isso, mesmo se a maioria das mulheres grávidas doentes com o vírus H1N1 até agora terem apresentado “sintomas ligeiros”, alerta para o “risco elevado de complicações” e sugere que reduzam o risco de infecção ao evitar viajar ou frequentar multidões.
Para Fundação Nacional de Nascimentos, uma organização não-lucrativa de apoio aos pais, há razões para “atrasar a concepção de crianças”.
Mas a Associações Real dos Médicos de Clínica Geral entende que, mesmo sendo tecnicamente correcto, este alerta é uma “reacção desporporcionada”.
O presidente da associação, Steve Field, disse ao semanário Observer que esta atitude “pode aumentar o sentimento de histeria e pânico que perece estar a engolir o país”.
Esta polémica acontece poucos dias depois de ter sido divulgada a morte de uma mulher por causa da gripe A pouco tempo depois de dar à luz uma criança.
O caso é semelhante a outro sucedido na Escócia em Junho.
Até agora foram contabilizadas no Reino Unido 29 vítimas mortais em consequência da gripe A, 26 em Inglaterra e três na Escócia.