O presidente do Estrela da Amadora disse hoje que o vai recorrer ao Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), depois de a Liga de clubes ter rejeitado a inscrição do clube na Liga principal.
Em declarações à Agência Lusa, António Oliveira disse que “a situação está a ser tratada pelos advogados” e que em breve será emitido um comunicado, reafirmando a intenção de recorrer ao CJ, como já tinha dito na Assembleia Geral de segunda-feira.
“Agora vamos aguardar. Estive sempre confiante, não há nada a apontar à SAD. Mas a Liga nem olhou para isso, só para o facto de ser o clube a inscrever-se. Vamos recorrer para o Conselho de Justiça e acredito que o pedido vai ser deferido”, sublinhou o dirigente.
António Oliveira mostrou-se indignado com o facto de Leixões e Estoril-Praia permanecerem nos dois principais escalões à condição, quando a situação, garante, “é a mesma do Estrela”.
“Como é que os clubes ficam à condição e o Estrela não se a única coisa que nenhum dos clubes apresentou foram as certidões ao Fisco e à Segurança Social? Não cumpriram o ponto n.º 3, tal como o Estrela não cumpriu”, frisou.
A indignação do líder estrelista vai mais longe quando a questão é a subida do Belenenses, antepenúltimo classificado na época transacta.
“Eu sempre disse que não ia fazer os meus jogadores assinar papéis em como receberam valores que não foram pagos. O Belenenses está igual a nós, também não pagou nada aos jogadores, mas apresentou documentos em como receberam. O clube deve um milhão de euros em salários e nós 700 mil euros”, acusou.
O Estrela da Amadora avançou na semana passada com a constituição de uma SAD, que António Oliveira disse ser a “única salvação do clube”, garantindo que “tudo foi feito dentro da legalidade” e que “a Sociedade Desportiva não herda as dívidas do clube”.