Ao todo foram 34 vinhos medalhados em diversos concursos nacionais e internacionais, (10 brancos, 2 rosés e 22 tintos) provenientes das diferentes localidades da região: Santarém, Chamusca, Alpiarça, Golegã, Rio Maior, Cartaxo, Azambuja, Benavente, Salvaterra de Magos, Coruche, Ferreira do Zêzere, Mação, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Abrantes, Constância, Vila Nova de Barquinha, Alcanena e Entroncamento.
O jantar decorreu a bordo de uma embarcação que subiu o Tejo para que assim todos se sentissem no ambiente natural dos vinhos apresentados. A festa contou com a presença de Jaime Silva, Ministro da Agricultura a quem o anfitrião Engº José Gaspar, Presidente da Comissão em declarações ao Emigrante/Mundo Português, elogiou a acção do ministro para com o sector do vinho: “Foi um ministro muito bem disposto que aqui esteve, uma pessoa bastante agradável e que independentemente da contestação que tem sentido por parte do sector agrário, em relação ao sector do vinho, não tenho dúvidas em afirmar que tem tido uma acção bastante positiva”.
Para José Gaspar esta nova designação visa reposicionar a própria região, associando-a ao Tejo à semelhança do que já acontece com o Dão e o Douro e pediu a ajuda da comunicação social. “A nova designação TEJO significa mais uma classificação que vai dar uma boa ajuda ao potencial da região. Se agora tivermos a ajuda da comunicação social esta nova identidade terá uma visibilidade acrescida para os vinhos da região”.
Embora reconhecendo que os vinhos da região são maioritariamente consumidos no mercado nacional, a exportação está nos horizontes da comissão. “Os vinhos da nossa região são maioritariamente consumidos no mercado nacional efectivamente, mas a partir de agora é que se fará uma tentativa para os vir a impor no mercado internacional, pois as regiões a nível interno quase não têm relevância internacional, com excepção talvez para o Douro porque vai muito à boleia do Vinho do Porto.
Por essa razão e à imagem do ano anterior iremos estar presentes no SISAB (Salão Internacional do Vinho, do Pescado e do Agro-Alimentar) representando a região com stand próprio.
De Ribatejo a Tejo
O Ribatejo como região vitivinícola nasceu em 1989, com a criação de 6 indicações de proveniência regulamentada para vinhos da região. Surge assim, pela primeira vez, a referência aos V.Q.P.R.D. Almeirim, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Santarém e Tomar.
Mais tarde em 1997, nasce a Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo (CVRR), e em 2000, foi criada a Denominação de Origem Controlada (D.O.C.) para a Região do Ribatejo.
Foi já mais recentemente em Fevereiro deste ano que a entidade certificadora alterou o seu nome para «CVR Tejo» com o objectivo de dar início à afirmação da nova indicação geográfica de vinhos do Tejo.
As grandes razões da mudança da designação também foram expostas aos jornalistas com a necessidade de maior visibilidade.