Mais de 42 mil crianças morrem anualmente de acidentes na Europa. Em Portugal, estimam-se em 700 as mortes anuais, um número que a Aliança Europeia para a Segurança Infantil considera ser possível reduzir.
Os dados não são novos, foram apontados no relatório da Aliança Europeia para a Segurança Infantil divulgado em 2007, mas são os mais recentes e usados frequentemente quando se fala de acidentes com crianças, rodoviários e domésticos.
As 42 mil mortes equivalem a 115 crianças a perder a vida por dia em toda a Europa.
Segundo o documento, muitas das boas práticas recomendadas não estão a ser usadas, tais como o uso de capacetes para andar de bicicleta, limites de velocidade reduzidos, piscinas protegidas, normas específicas de segurança para equipamentos em campos de jogos.
Embora as taxas de mortalidade de ferimentos tenham decrescido em Portugal desde os anos 80, comparando com a Suécia (o país mais seguro na Europa), os valores actuais, segundo a Aliança, permanecem ainda inaceitáveis.
Um olhar sobre as causas específicas indica que os acidentes rodoviários continuam em maior número, seguidos dos afogamentos e dos acidentes em actividades de lazer.
O relatório defende que Portugal tem capacidade para aumentar os níveis de segurança, mas necessitava de um maior envolvimento do Estado para assegurar o desenvolvimento e a execução de uma estratégia nacional com alvos específicos para a segurança da criança e do adolescente.
Esta estratégia, referia o relatório, deve tomar em consideração áreas de prioridade e fornecer recursos financeiros.
Dentro da região europeia há diferenças entre países no que respeita às taxas de mortalidade relacionadas com acidentes: Países Baixos, Suécia e o Reino Unido têm as mais baixas taxas.
A criação de planos de acção nacionais, segundo a aliança europeia, pode ajudar a uma estratégia coordenada no sentido da prevenção dos acidentes.