O observador José Gonçalves, que classificou a arbitragem de Pedro Proença no FC Porto-Benfica com 2,4, (escala de 0 a 5) foi o 23º classificado na última época, num quadro de 29 observadores.
A Comissão de Arbitragem da Liga designou para o jogo do Dragão, partida entre os dois primeiros classificados e um clássico do futebol português, um dos piores classificados da última época e que já tinha sido fortemente contestado pelo Benfica.
José Gonçalves esteve no centro da polémica a época passada, quando classificou com uma nota francamente positiva o desempenho do árbitro Lucílio Baptista no jogo Boavista-Benfica. Essa avaliação viria, no entanto, a ser corrigida em forte baixa pela Comissão de Análise, que transformou o 3,7 dado por José Gonçalves num 2,3 negativo, depois de um pedido de revisão de nota do Benfica.
O árbitro Pedro Proença foi avaliado com a nota 2,4 no FC Porto-Benfica devido a não ter assinalado penalti no lance em que Lucho González foi tocado por Reyes, o que segundo o relatório do observador lhe custou um ponto.
Um fora-de-jogo não assinalado a Lisandro López e um cartão amarelo poupado a Sidnei foram os outros erros apontados pelo observador a Pedro Proença. Curiosamente, o polémico penalti que permitiu a Lucho igualar o marcador não é sancionado no relatório do observador, que dá o "benefício da dúvida" ao árbitro.
A nota 2,4 é, segundo o critério da escala de avaliação que varia entre 0 e 5, uma nota insatisfatória, consequência de uma grande penalidade não assinalada com influência no resultado e um cartão amarelo não exibido.
Segundo as normas e instruções para observadores, "um árbitro que não assinale uma grande penalidade e esta tenha influência no resultado a nota máxima é 2,5". A Pedro Proença ainda foi descontada uma décima pelo cartão amarelo não exibido a Sidnei.
Nesta temporada, cheia de casos de arbitragem, a avaliação de Pedro Proença está longe de ser a pior. Elmano Santos foi avaliado com 2,1 no Belenenses-Benfica, enquanto Pedro Henriques (Benfica-Nacional), Paulo Baptista (Benfica-Braga) e Paulo Costa (Braga-FC Porto) tiveram 2,3.