Os futebolistas do Estrela da Amadora atingiram quatro meses de salários em atraso, tendo recebido até ao momento apenas o equivalente a dois meses, adiantados pelo Fundo de Garantia Salarial do Sindicato.
Fonte do clube confirmou à Agência Lusa que o mês de Janeiro, a vencer hoje, não foi pago, aumentado para seis o número de meses que a direcção não consegue liquidar, embora sexta-feira tenha pago os prémios de jogo em atraso, sem, no entanto, adiantar quantos, nem o montante.
Os jogadores receberam em Novembro dois meses de ordenados em atraso, referentes aos meses de Agosto e Setembro, adiantados pelo Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), que recorreu ao Fundo de Garantia Salarial, tendo-se tornado credor do clube da Reboleira.
O presidente do clube, António Oliveira, disse que apenas falará desta questão "quando estiver pago tudo até ao último cêntimo", e na última Assembleia Geral, a 06 de Fevereiro, afirmou mesmo estar "envergonhado com toda esta situação".
Na tentativa de resolver a situação, os jogadores decidiram, no início do mês de Fevereiro, recorrer à Comissão Arbitral Paritária (CAP), para serem ressarcidos de cinco meses de ordenados, aguardando ainda uma resposta.
Os futebolistas já avançaram, esta época, com dois pré-avisos de greve, o primeiro para os jogos com Paços de Ferreira e Sporting, da 10ª e 11ª jornadas, e para o encontro com o FC Porto, a 17 de Dezembro, mas, apesar de não receberem, nunca concretizaram as greves.
O Estrela da Amadora, nono classificado da Liga, atravessa uma grave crise financeira, com uma penhora de bens na ordem dos 17 milhões de euros.