Centenas de trabalhadores da refinaria de Lindsey, em Inglaterra, aprovaram um acordo que prevê a criação de novos postos de trabalho, terminando a greve contra a contratação de mão-de-obra estrangeira. O acordo, obtido após vários dias de negociações entre os sindicatos britânicos, a petrolífera francesa Total e os mediadores oficiais nomeados pelo governo, estipula a criação de 102 postos de trabalho para operários britânicos.
Em troca, os grevistas aceitam regressar ao trabalho e acabar com os protestos que duram há uma semana e que alastraram a outras refinarias e centrais energéticas no resto do país.
O acordo garante ainda que os cerca de 200 trabalhadores portugueses e italianos recrutados para uma obra de ampliação na refinaria mantenham os seus contratos.
Foi esta empreitada, a cargo da construtora italiana IREM, que esteve na origem do conflito e que obrigou à intervenção do o Serviço de Aconselhamento, Conciliação e Arbítrio (Acas no acrónimo inglês), uma entidade que trabalha na resolução de conflitos laborais, a pedido do governo.
O Acas comprometeu-se ainda a analisar os termos dos contratos de trabalho em Lindsey e clarificar as condições de recrutamento de trabalhadores britânicos e estrangeiros no Reino Unido, cujo resultado deverá ser publicado a 13 de Fevereiro.
Entretanto, um conflito semelhante sobre a contratação de mão-de-obra estrangeira mantém-se na central de Staythorpe, perto de Nottingham, estando previsto um protesto em Londres junto à sede da proprietária Alstom.
Os manifestantes vão pressionar a empresa francesa a garantir que o recrutamento para as obras planeadas para a central de Staythorpe seja aberto a trabalhadores britânicos.