O Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol rejeitou o recurso da União de Leiria, confirmando as punições da Comissão Disciplinar (CD) da Liga de clubes e o recurso às escutas telefónicas, no âmbito do "Apito Final". O acórdão da reunião do CJ de 17 de Dezembro, a que a Agência Lusa teve hoje acesso, defende que "as escutas telefónicas, desde que obtidas licitamente em processo-crime, e enviadas pela autoridade judiciária para a instauração de competente processo disciplinar, podem ser neste utilizadas e valoradas como elemento de prova (…)".
Isto apesar de o Supremo Tribunal Administrativo se ter decidido pela inconstitucionalidade da utilização em processos disciplinares de escutas telefónicas obtidas em processos-crime.
O CJ manteve assim as sanções decididas em Maio pela CD da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, que puniu por tentativa de corrupção a União de Leiria, com a perda de três pontos, o presidente do clube do Lis, João Bartolomeu, com um ano de suspensão, além do árbitro assistente Bernardino Silva, com dois anos e meio de suspensão.