O presidente francês Nicolas Sarkozy apelou hoje em Paris para debater a crise internacional para que sejam revistas "o mais depressa possível" as regras do capitalismo financeiro.
No final de uma mini-cimeira que juntou os líderes da França, Reino Unido, Alemanha e Itália, Nicolas Sarkozy defendeu que cada um destes países deve intervir nos casos de bancos em dificuldades, empenhando-se em que os seus "dirigentes que falharam sejam sancionados"
Por outro lado, a "Comissão Europeia deve fazer prova de flexibilidade na aplicação de regras em matérias de ajuda do Estado às empresas", seguindo os "princípios do Mercado Comum".
Perante a actual conjuntura económica, a "aplicação do pacto de estabilidade e de crescimento deve reflectir as circunstâncias excepcionais" que o mundo enfrenta, defende Nicolas Sarkozy.
No entanto, para Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogrupo, o pacto deve ser respeitado na "sua integralidade".
Os receios de que os bancos não poder obter crédito para cobrir as suas dívidas fizeram descer em flecha o preço das acções das instituições bancárias e forçaram alguns governos europeus a salvar alguns dos grandes bancos: o britânico Bradford & Bingley, o belga e holandês Fortis, o belga Dexia e o alemão Hypo Real Estate.
A mini-cimeira dos quatro países europeus do G8 também conta com a presença dos presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, e do Eurogrupo, Jean Claude-Juncker.