O Tribunal de Monsanto, Lisboa, condenou hoje o líder nacionalista Mário Machado a quatro anos e dez meses de prisão efectiva, nomeadamente pelo crime de discriminação racial.
O acórdão do julgamento de Mário Machado refere que este activista conotado com a extrema direita foi também condenado pelos crimes de coacção agravada, detenção de arma ilegal, ameaça, dano e ofensa à integridade física qualificada.
A leitura do acórdão do julgamento do líder nacionalista e de outros 35 arguidos acusados de discriminação racial está a decorrer no Tribunal de Monsanto.
Os 36 arguidos, conotados com o movimento "skinhead", foram pronunciados a 29 de Novembro de 2007 pelo crime de discriminação racial e outras infracções conexas, incluindo agressões, sequestro e posse ilegal de armas, após uma investigação da Direcção Central de Combate ao Bandistismo (DCCB) da Polícia Judiciária, sob a direcção do Ministério Público.
Durante as buscas realizadas pela DCCB, na fase de investigação, foram apreendidas diversas armas de fogo, munições, armas brancas, soqueiras, mocas, bastões, tacos de basebol e diversa propaganda de carácter racista, xenófobo e anti-semita.
Mário Machado é apontado como líder do grupo Hammerskins em Portugal, conotado como de extrema-direita.