O presidente venezuelano, Hugo Chavez, chegou hoje à noite ao aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, procedente de Paris, dizendo aos jornalistas que se “sentia em casa”.
Em declarações à imprensa, Chavez saudou “Portugal, o Povo, o Presidente, ministros e a sociedade portuguesa”, comentando que a noite estava “muito fresca” e negou que estivesse “cansado” da sua “longa viagem”.
O chefe de Estado da Venezuela, que foi recebido na pista de Figo Maduro pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino, referiu-se à sua digressão pela China e Rússia como “muito proveitosa”.
Numa alusão à crise do sistema financeiro norte-americano que abala por estes dias todo o mundo, Chavez lembrou que estava em Pequim a assinar acordos estratégicos (petrolíferos e militares) e a discutir “muitos investimentos”, “quando o capitalismo estremece”,
“Por isso, a Venezuela precisa de cavalgar a onda dos acontecimentos mundiais”, disse Chavez, salientando que o seu país tem nesta altura uma “diplomacia muito acelerada” que “rejeita um mundo unipolar”.
Já sobre a visita à Rússia, o presidente venezuelano preferiu destacar a avaliação da situação mundial que fez com o seu homólogo russo, Dmitri Medvedev.
Da curta estada em Paris, Chavez falou da reunião com “agenda livre” e “com muito afecto” que teve com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, confessando que ele e o seu anfitrião se meteram “na selva da economia”.
Em Portugal, o primeiro-ministro José Sócrates e o presidente venezuelano presidem, sábado, à assinatura de acordos para a venda de um milhão de computadores Magalhães e para a construção de 50 mil fogos de habitação social na Venezuela.
Chavez esteve no final de Julho em Portugal para assinatura acordos bilaterais económicos, com especial incidência nos domínios das obras públicas, habitação e energia.
Foi o terceiro encontro entre Sócrates e Chavez em menos de oito meses, depois de uma primeira deslocação do chefe de Estado venezuelano a Portugal em Novembro.