A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, acusou hoje o PS de querer distorcer o voto da emigração nas legislativas proibindo o voto por correspondência e prometeu apelar "a todas as instâncias" para impedir essa alteração legislativa.
Em causa está um projecto do PS de alteração da lei eleitoral para a Assembleia da República que foi apresentado em Julho. Na semana passada, a discussão do projecto do PS foi agendada para a sexta-feira da próxima semana, dia 19.
Numa declaração à comunicação social, que não tinha tema anunciado, Manuela Ferreira Leite protestou por o PS querer alterar "de forma unilateral" esse ponto da lei eleitoral para a Assembleia da República, que não implica uma maioria de dois terços.
Referindo que o voto por correspondência dos emigrantes "é talvez o triplo" do voto presencial, a presidente do PSD acusou os socialistas de agirem com "objectivos políticos no sentido de distorcer o resultado das eleições dos deputados da Europa e de fora da Europa na medida em que passam a ser deputados eleitos com meia dúzia de votos".
"Desde já afirmo que o PSD se opõe a esta alteração, que votará contra e que apelará a todas as instâncias para que esta lei não prossiga. Uma lei destas não pode ser aprovada", acrescentou Manuela Ferreira Leite, que falava na sede nacional do PSD.